Candidatos projetam até R$ 10,445 milhões

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Candidatos projetam até R$ 10,445 milhões

Lajeado lidera estimativa - R$ 1,95 milhão. Travesseiro é o último, com R$ 32 mil. Quem ultrapassar o previsto será multado pelo MP

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O Tribunal Superior Elei­toral (TSE) divulgou os dados dos candidatos às eleições em todos os municípios do país. Entre as infor­mações, que podem ser acessadas pelo eleitor, estão previsões de teto dos gastos da campanha. No Vale do Taquari, os concorrentes ao cargo de prefeito preveem R$ 10,445 milhões de gastos até outubro.

cO maior orçamento projetado na região é em Lajeado. Os três candi­datos à majoritária poderão gastar até R$ 1,95 milhão. Juliana Baiocco Nascimento (PV) é a candidata com o maior teto: R$ 1 milhão.

Ela diz ter seguido a orientação de um contador. Ela aponta que o partido não quer extrapolar o valor, por isso estipulou um teto mais alto. “Como é nossa primeira vez em La­jeado, não tínhamos ideia de como seria o processo.”

Acredita que a maior despesa será com publicidade, agências de asses­soria e confecção de placas e folders de propaganda.

Marcelo Caumo (PP) projetou R$ 250 mil. Observa que se baseou na campanha anterior, de Carmen Re­gina Cardoso, na qual o valor foi de R$ 200 mil. “Elevamos um pou­co o teto, caso haja alguma despe­sa fora do previsto.”

Caumo acredita que o maior gas­to na campanha será com propa­ganda, como mídia e confecção de cartazes, placas e outros itens.

Luis Fernando Schmidt (PT) não foi encontrado pela reportagem.

O menor orçamento é de Traves­seiro, onde os dois candidatos pla­nejam gastar no máximo R$ 32 mil. Ricardo Rockenbach (PP) estipulou R$ 12 mil para a campanha, o valor mais baixo do Vale.

Ressalta que, a exemplo da cam­panha anterior, o maior gasto será com a confecção de placas, faixas de propaganda e combustível para visitar os eleitores.

A produção de santinhos será feita por meio de uma parceria entre os demais políticos que compõem a coligação.

Seu adversário político, Genésio Roque Hofstetter (PSB) projetou R$ 20 mil. Segundo ele, trata-se apenas de uma previsão. Não pretende gastar nem a metade. “Chutamos alto para mais tarde não pedir à Justiça uma suplementação dos gastos (sic).”

Aponta que a maior despesa será com combustível para visitar os elei­tores e com a confecção de materiais de propaganda.

Especialista alerta para promessas

O cientista político e professor da Unisinos, Bruno Lima Rocha, aler­ta que as campanhas municipais são baseadas, sobretudo, em pro­moções de cargos, no Legislativo e no Executivo. “Para a democracia isso é horrível. As pessoas são fa­cilmente iludidas com promessas de corpo a corpo.”

Alerta que não deveria haver es­tágios para cargos no Poder Públi­co municipal, mas sim concursos, o que dificultaria a ação.

Cita que a campanha é muito ampla, dificultando a fiscalização do Judiciário. “O promotor não saberá se houve compra de voto, por exemplo, a não ser que haja denúncia, o que é difícil.”

Apesar de entender que a atu­ação da Justiça Eleitoral é boa, acredita que a lei dificulta a fiscalização. “É como uma agu­lha no palheiro.” Para Rocha de­veria haver uma lei universal, na qual todos deviam seguir as mesmas regras.

Ministério Público fiscaliza

O promotor eleitoral do Ministério Público da Comar­ca de Lajeado, Éderson Maia Vieira (foto) informa que os candidatos serão fiscalizados de acordo com as normas estabelecidas pelo Supremo Tribunal de Justiça.

Ressalta que os concorren­tes ao pleito deverão movi­mentar recursos em conta bancária relacionada ao partido. Será exigido recibo eleitoral, inclusive quando o auxílio não for em dinheiro, mas passível de mensura­ção. Para qualquer despesa deverá haver o correspon­dente documento fiscal.

Os gastos eleitorais de natu­reza financeira só poderão ser efetuados por meio de cheque nominal ou transferência ban­cária, ressalvadas as despesas de pequeno valor.

Se os candidatos gasta­rem além dos limites esta­belecidos, terão de pagar multa no valor de cinco a dez vezes a quantia em excesso, a qual deverá ser recolhida no prazo de cinco dias úteis, contados da inti­mação da decisão judicial. Os responsáveis ainda po­derão responder por abuso do poder econômico.

Depois de registrado na Justiça Eleitoral, o limite de gastos dos candidatos só poderá ser alterado me­diante solicitação justifica­da, na ocorrência de fatos supervenientes e imprevisí­veis. O pedido de alteração deverá ser encaminhado ao relator do processo do re­gistro de candidatura.

Fique atento às regras

> Comícios: são permitidos en­tre 6 de julho e 4 de outubro, das 8h às 24h.

> Rádio e televisão: propaganda permitida a partir de 21 de agosto no horário eleitoral gratuito.

>Espaço público: proibida a pro­paganda em qualquer bem público e bens de uso comum, espaço aberto ao público, exceção dependências do Poder Legislativo.

> Vias públicas: permitido cava­letes, bonecos, cartazes móveis entre 6h e 22h, desde que os cartazes mó­veis não dificultem o andamento do trânsito de pessoas e veículos.

>Internet: autorizada no site do próprio candidato, do partido ou co­ligação; mensagens eletrônicas para endereços cadastrados gratuitamente pelo candidato, partido ou coligação, ou por meio de blogs, redes sociais e si­tes de mensagens instantâneas, sendo vedada propaganda paga.

> Jornal: permitido a divulgação paga, limitada em até dez anúncios por veículo de informação, respeitan­do-se as dimensões de 1/8 de página de jornal padrão e 1/4 de revista.

>Brindes: são permitidas camise­tas, chaveiros, bonés, canetas e brin­des sem identificação de candidato ou cargo em disputa

>Som: proibido alto-falantes, am­plificadores de som, distribuição de panfletos, carreatas e caminhadas a partir do último dia antes da eleição.

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