Soja atinge preço histórico

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Soja atinge preço histórico

A saca de 60 quilos é vendida a R$ 63 na região

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Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

aA saca de soja teve uma valorização de 75% em relação a 2011. Con­forme o engenheiro agrônomo Nilo Cortez, da Emater Regional de Lajeado, os motivos para a alta do grão são: as perdas provocadas pela falta de chuva em todo país e na Argentina e o aumento da procura por parte das indústrias de óleo e biodiesel.

Cortez afirma que esse é um preço histórico. “O máximo que o produtor ganhou foi R$ 56 a saca em 2008.” Exige cautela diante de tanta euforia no mercado. “Já tivemos momentos semelhantes, mas passaram.”

Apesar disso, há reclamação dos produtores devido à alta nos preços dos insumos, como ureia e adubo, que reduziram os lucros do sojicultor.

Mesmo com a queda de 40% na produção de soja na região e no estado, em relação à safra an­terior, acredita que o grão será a grande aposta do agricultor para o próximo ciclo.

A previsão de aumento das chuvas, no próximo verão, e o bom preço da saca no mercado atual geram expectativa de uma boa colheita para 2013. “Com uma safra farta poderemos ter queda nos preços.”

Cita que há produtores ven­dendo o grão que será colhido na próxima colheita. Nas últi­mas semanas, a procura por se­mentes aumentou. Projeta que na região haverá crescimento na área cultivada.

Saiba Mais

Conforme levantamento da Emater/RS-Ascar e Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção de soja re­gistrou uma queda de 43,7% na relação entre a safra deste ano e a de 2011. A produção caiu de 11,621 milhões de toneladas para 6,547 milhões.

Na questão da produtividade, a soja registrou queda de 45,25%, passando de 2,845 quilos por hec­tare para 1.560 quilos por hectare. As projeções do Ministério da Agri­cultura, Pecuária e Abastecimen­to (Mapa) indicam de que a área plantada com soja deverá crescer 4,8 milhões de hectares nos próxi­mos dez anos.

A alta cotação da soja nos últi­mos anos transformou a oleagino­sa na principal cultura brasileira, com uma área que corresponde a 49% do cultivo de grãos no país. Principal geradora de divisas cambiais com as exportações, a soja deverá representar 40% do comércio mundial do grão e 73% do óleo de soja até 2019.

Insumos estão mais caros

O casal Atanácio,62 e Celi Fucks, 62, de Barra da Forquetinha, culti­va soja há mais de 40 anos e recla­ma do aumento dos insumos.

Na última safra, colheu 380 sacas em 8 hectares plantados. “Nunca tivemos um valor tão alto. O máximo que ganhamos foi R$ 47 há dez anos.”

Mesmo com o preço elevado, a área que será semeada em outu­bro deve se manter estável. Fucks diz que a alta do preço fez com que o valor dos insumos registras­se aumento.

Diz que no caso do adubo, a saca registrou elevação de R$ 10 em comparação com a safra an­terior. “Com isso nosso lucro é me­nor ou fica na mesma proporção do ciclo anterior.”

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