Vereadores desistem de aumentar subsídios

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Vereadores desistem de aumentar subsídios

Após críticas, Legislativo decidiu manter os valores pagos aos agentes políticos

A proposta de aumento en­tre 12,5% a 87,3% para os agentes políticos do mu­nicípio foi retirado pelas vereadores. Depois de reunião da Comissão de Constituição e Justi­ça, os parlamentares criaram uma emenda que mantém o valor atual dos subsídios. O projeto foi anali­sado em sessão extraordinária, na tarde de ontem.

vConforme o presidente da câ­mara, Fabiano Goldmeier (PMDB), os nove vereadores assinaram o documento da comissão. Para ele, o Legislativo poderia ter evitado o desgaste com a população quando elaborava o projeto.

Goldmeier acusa a oposição de fazer politicagem e tentar prejudi­car a imagem dos integrantes da Mesa Diretora frente à sociedade. “Nada teria acontecido se tivessem definidos os valores na primeira sessão de junho.”

Comenta que os demais parla­mentares alegaram na imprensa que o projeto era de autoria dele. “Todos participaram das discus­sões. Mas depois ninguém assu­miu.” O cálculo foi elaborado de acordo com a média dos aumentos apresentados pelas câmaras de ve­readores dos municípios da região.

Hoje, os vereadores recebem R$ 1.488. Se tivesse sido aprovado, o valor passaria para R$1,7 mil. O maior aumento seria para o vice prefeito, que hoje recebe R$ 2.455. O valor chegaria a R$ 4,6 mil.

Para o prefeito, o projeto estipu­lava um subsídio de R$ 11,2 mil, ante os R$ 9.825 atuais. E, os secre­tários, passariam de R$ 4.087 para R$ 4,6 mil.

Com a decisão, os agentes polí­ticos não ganharão aumento até 2016. Eles ganharão apenas reajus­tes – percentuais baseados na infla­ção. O incremento será equivalente ao proposto para os servidores pú­blicos a partir de 2014.

Falta de acordo

Os vereadores discutiram três projetos de aumento. O primeiro foi apresentado no dia 6. Na época, o vice-prefeito receberia 123,9% a mais, o prefeito 22,1%. Para os ve­readores, 47,8%, e aos secretários municipais 20,3%.

Somados, os valores representa­riam R$ 741,6 mil a mais na folha de pagamento dos políticos. A se­gunda proposta, de 14,7%, redu­ziria esse valor em R$ 108,9 mil, passando para R$ 632,7 mil.

Depois da apresentação da pro­posta pela Mesa Diretora, o verea­dor Eloi Schmidt (PP) propôs uma emenda, passando o aumento para 10%. O projeto foi retirado por ele antes da votação.

Quatro municípios sem aumento

O Legislativo de Colinas foi o quar­to a manter os valores deste manda­to iguais para 2013. Arroio do Meio, Capitão e Coqueiro Baixo foram os outros que decidiram manter a re­muneração deste ano.

Dos 37 municípios do Vale, 15 ain­da estudam qual será o percentual de aumento. Os demais aprovaram o aumento.

Estrela é o que tem o maior acrés­cimo na folha de pagamento. Em abril, os vereadores acataram a pro­posta da Mesa Diretora, aumentan­do os custos dos agentes políticos em 57,4%. No dia da votação, estudan­tes fizeram um protesto, frustrado. Os gastos anuais com as remune­rações passam de R$ 1.312.167 em 2012 para R$ 2.065.550 em 2013.

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