Empresa deposita entulho em área verde

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Empresa deposita entulho em área verde

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Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Por volta das 15h de terça-feira, um caminhão de uma empresa de recolhimento de resíduos foi flagrado depo­sitando entulho em uma área verde do município, entre os bairros Santo Antônio e Jardim do Cedro. O espaço abriga dezenas de catadores de lixo, que o transformaram num centro de triagem.

A área fica a poucos metros do ce­mitério municipal do bairro Jardim do Cedro. Nela, estão depositados res­tos de construções, lixos residenciais e industriais, sofás e eletrodomésticos. Moradores garantem que o despejo irregular ocorre dia e noite. A maioria não reclama, pois aproveita o mate­rial.a

A secretária de Meio Ambiente (Sema), Simone Schneider garante que nenhuma empresa tem licença para depositar qualquer tipo de ma­terial naquela área. O proprietário do caminhão flagrado foi notificado pela Sema e será autuado por crime ambiental.

Em maio de 2010, uma reportagem alertou para os despejos ilegais de lixo e entulho. Simone admite a dificulda­de de fiscalizar esse tipo de crime. Por duas vezes a área foi cercada, mas o material foi roubado. “Não há condi­ções de colocar guardas.”

Um orçamento para segurança chegou a ser encomendado pela Sema. Mas os valores tornaram inviável a contratação de guardas. “Isso custaria mais de R$ 100 mil por ano.”

Gerente da empresa culpa administração

O gerente da empresa, Hugo Knop confirma que seus cami­nhões depositam cargas naquele local e cobra da Sema áreas ade­quadas para o despejo de entulhos. “A demanda aumenta a cada dia, e Lajeado é a única cidade sem um espaço adequado para o depósito.” Ele lamenta o fato de ser autuado e garante que não pagará. “Pago meus impostos para trabalhar e exijo respeito. Ou eles agilizam uma área, ou mandem parar todas as obras da cidade, pois não tem lugar para levar os entulhos.”

Outros pontos da cidade são usa­dos como depósito de entulhos e restos de construção. Um dos casos mais críticos está na beira da ERS-130, próximo do trevo de acesso ao Florestal. A secretária desmente a informação de que inexistem locais para o depósito e diz que há aterros licenciados para receber restos de construção, como tijolos e blocos de concreto. “Mas não é permitido latas de tinta ou sacolas plásticas, como muitas empresas fazem.”

Simone critica a atuação de al­gumas empresas do ramo. Para ela, os empresários deveriam ter lugares próprios para o depósito desses entulhos.

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