Reitor legitima a mobilização

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Reitor legitima a mobilização

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O reitor da Univates, Ney Lazzari condenou a retirada de alguns cartazes afixados pe­los universitários nos murais de diversos prédios da univer­sidade. Ele diz que orientou os funcionários a deixar ocorrer a mobilização promovida pelo Diretório Central de Estudantes (DCE). “Se retirarmos os carta­zes, será pior para nós.”

O protesto começou na noite da quarta-feira, a fim de evitar o aumento abusivo das mensa­lidades para 2012. Mesmo com a orientação, o DCE acusa uma professora do curso de comuni­cação de ter retirado o material, afixado em uma sala de aula. Lazzari se eximiu da responsa­bilidade.

neyO ato foi parar no perfil de um dos alunos no Facebook e gerou diversos protestos. Entre as pro­vocações, estão a de que a gestão da universidade é autoritária. “Não posso responder por todos os professores”, se defende.

Ressalta que entende a pre­ocupação dos universitários quanto ao aumento, mas acres­centa que a universidade não tem como se manter sem a atu­alização. Conforme ele, cerca de 60% do orçamento é usado para pagar o salário do professores e dos serviços terceirizados, como a limpeza e a segurança.

Outro fator apontado por La­zzari para o aumento são os investimentos requeridos pelos centros de custos. Hoje, a uni­versidade conta com 250 destes setores, que indicam os investi­mentos necessários, como a am­pliação de laboratórios.

A margem de aumento

A atualização da mensalidade ocor­re todos os anos. Lazzari explica que o cálculo é feito com dois dados: a média de quatro índices de inflação e a pro­posta de reajuste do salário mínimo pelo governo federal (veja boxe).

Para 2012, o aumento deve ficar entre 7,5% e 13,5% – abaixo dos 15% informado por algumas pessoas. O rei­tor ironiza a manifestação de alguns alunos de que a mensalidade deveria permanecer igual.

Conforme ele, caso a reitoria aja desta maneira, os universitários não poderão reclamar caso os professores não queiram dar aula.

Acredita que os professores também solicitarão aumento salarial. O paga­mento sairá das mensalidades.

De acordo com Lazzari, a legislação permite a universidade a conceder um acréscimo até 45 dias antes do encerra­mento das matrículas. Como o último mês para isso é março, o reajuste deve ser anunciado até janeiro.

A proposta será apresentada até o dia 15 de dezembro, quando ocorrerá a reunião do Conselho Universitário. O DCE deve receber a proposta com, no mínimo, sete dias de antecedên­cia. Carlos Portela, presidente da entidade, afirma que este período é curto para analisar e fazer uma con­traproposta.

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