Dois barcos e três policiais atuarão em novembro, dezembro e janeiro para inibir ações ilegais dos pescadores.
Só na semana passada a fiscalização da Patrulha Ambiental da Brigada Militar (Patram) apreendeu 260 metros de rede, cinco tarrafas e dois espinheis.
Conforme o soldado Dari Júlio Scherer, responsável pelo comando da Patram, pescar com rede na época da piracema pode acarretar multas que variam de R$ 700 até R$ 100 mil, com acréscimo de R$ 20 por quilo de peixe apreendido. A pena por crime ambiental varia de um a três anos de detenção.
Dari informa que a patrulha ocorre em toda bacia do Rio Taquari, entre Santa Tereza e a divisa de Taquari com General Câmara. Segundo ele, há grande incidência de pesca ilegal na barragem de Bom Retiro do Sul, na cidade de Mariante, e no bairro Carneiros, em Lajeado, próximo da divisa do Rio Taquari com o Rio Forqueta.
Pescador profissional há mais de 15 anos, Pedro Augusto Dresler afirma que a fiscalização precisa de maior efetivo. Segundo ele, é comum avistar pescadores desabilitados instalando redes durante a madrugada, e retirando-as antes do amanhecer. “Eles não estão pensando no futuro. Pensam apenas no lucro imediato.” Durante as “férias” forçadas, Dresler pretende aproveitar o tempo para investir em outras áreas. “Todo ano ocorre isso, por isso é bom buscarmos outras formas de renda durante este período.”
Saiba mais
O período de desova dos peixes ocorre de outubro a maio em todo o Brasil. No estado é de 1º de novembro até 31 de janeiro. Neste período, pescadores profissionais e amadores estão autorizados a pescarem só com caniços e anzóis simples, sendo apenas um por pescador. Ambos podem utilizar ou não embarcações, e o limite de pesca não poderá ultrapassar cinco quilos por dia. O tamanho do peixe deverá ser respeitado. Quem não tem habilitação para pesca só poderá fazê-la nas encostas.