Destruição de estiva prejudica comunidade

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Destruição de estiva prejudica comunidade

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A falta de acordo entre os dois municípios para reconstruir a estiva, em Barra do Araguari, prejudica a comunidade. Um micro-ônibus escolar trafega todos os dias pelo arroio, transportando cerca de dez alunos. O motorista arrisca a manobra para encurtar a distância em dez quilômetros. “Quando a água está baixa, dá para passar.”

araEm ambos os lados do córrego, cerca de 25 famílias dependem de forma direta da travessia. A principal alternativa para fazer o cruzamento é passar pela ponte do Bauer-eck, a cinco quilômetros do local, no centro de Forquetinha.

O motorista do microescolar, Odécio Brauers, 52, diz que a passagem é segura, contanto que o nível da água esteja baixo. “Não temos outra escolha, do contrário nossa viagem será estendida por mais de meia hora.”

Brauers faz o trajeto três vezes todos os dias. Ele exige medidas urgentes para resolver o problema e ressalta que a comunidade depende do acesso. O estudante Willian Hubner, 11, confia no motorista, mas tem receio de passar pela água. “Quando penso que podemos ficar presos dentro da água ou o micro virar, me assusto.”

O agricultor Laurindo Walmor Worst, 62, tem criação de gado leiteiro e por dia produz 80 litros de leite. Ele necessita atravessar o arroio três vezes por semana para buscar alimento para os animais. “Quando a água está alta, tenho que ficar em casa e pegar o pasto na vizinhança.”

O proprietário de uma serralheria, Jairo Welzbacher, 35, ressaltou que a administração municipal de Canudos do Vale prometeu fazer uma nova ponte no local, no início de 2012. “Tem que fazer uma ponte de verdade, as estivas sempre serão destruídas pela força da água.”

A cada dois dias ele faz a travessia pelo arroio. Welzbacher teme que possa acontecer um acidente no local e observa que veículos pequenos dificilmente conseguem passar, mesmo quando o nível da água está baixo.

A estrutura, que está localizada na divisa dos municípios foi destruída por uma enxurrada em julho. Com o trajeto interrompido, moradores precisam andar mais de dez quilômetros para chegar ao outro lado.

Esta é a segunda vez que a estrutura é condenada em menos de dez anos. Em 2002, ela foi reconstruída pelo ex-prefeito de Canudos do Vale, Luiz Alberto Reginatto, que pagou a obra com recursos próprios.

Falta de entendimento

Segundo moradores, é antiga a discussão sobre qual é o município responsável em manter o acesso em condições de uso. Desentendimentos entre os dois poderes públicos retardam a construção de uma ponte no local. A administração municipal de Forquetinha alega que a obra não é de sua responsabilidade.

O secretário de Obras de Canudos do Vale, Fabrício Ledur garante que a estiva divide os dois municípios, no entanto assumirá a obra. Ele projeta a construção de um pontilhão para 2012 e diz que o recurso está no orçamento.

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