Audiência discute impactos da Ferrovia Norte-Sul

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Audiência discute impactos da Ferrovia Norte-Sul

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Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Está marcado para as 19h de amanhã, na câmara de vereadores, o primeiro encontro de lideranças dos vales do Taquari e Rio Pardo para discutir a construção da fer­rovia Norte-Sul.

Conforme o projeto do governo federal, o traçado passará por Lajeado e Santa Cruz do Sul, in­terligando a região com os dois extremos do país por meio de transporte ferroviário.

Devem comparecer à audiência pública representantes da Secreta­ria de Infraestrutura e Logística, do Conselho de Desenvolvimento Econômico, das universidades da região, da Federação das Associa­ções dos Municípios (Famurs), e do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul). Líde­res regionais e comunidade estão convidados.a

A ferrovia está concluída no trecho entre Belém, no Pará e a cidade paulista de Panorama. O projeto de extensão proposto pelo Conselho de Desenvolvimento e In­tegração Sul (Codesul) foi aprova­do pela Câmara dos Deputados.

Serão construídos outros 1,6 mil quilômetros de trilhos entre os es­tados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O destino é o Porto de Rio Grande.

Líderes estimam que a ferrovia poupará 318 quilômetros rodavi­ários até o Porto de Rio Grande. Além disso, 368 mil caminhões podem ser tirados de circulação. Conforme estudos do Codesul, o transporte ferroviário é, em mé­dia, dez vezes mais barato que o sistema rodoviário, cujo custo lo­gístico gira em torno de 17% do preço das mercadorias.

Conforme estudos preliminares, a concessão da ferrovia Norte-Sul no estado deverá ser da Ferrovia da Integração do Sul S.A. (Ferrosul).

Problemas nas linhas atuais

Durante o encontro será discu­tida a situação atual das linhas férreas que passam pela região. Concedida à empresa América La­tina Logística (ALL), alguns trechos precisam de reformas e investi­mentos. O mais grave se encon­tra em Colinas, onde quase cem metros de trilho foram danificados após a enchente de agosto.

Outro problema verificado é a falta de segurança. Inexistem cancelas nos principais entron­camentos urbanos. A sinalização em muitos trechos é precária e é comum avistar famílias e crianças cruzando os trilhos em trechos pe­rigosos

Expectativa de crescimento

Diversos foram os argumentos apresentados pelo Codesul para que os três estados sulistas fossem inclu­ídos no trajeto. Segundo dados da Secretaria de Desenvolvimento de Santa Cruz do Sul, antes de ser expor­tada, 72 % da produção de grãos do estado passa pelos vales do Taquari e Rio Pardo.

Conforme o Banco de Dados Regio­nal (BDR) da Univates, a exportação gerou mais de R$ 412 milhões para o Vale do Taquari em 2010. Hoje, há 86 empresas exportadoras. Vinte são de pedras preciosas, 16 de couro e calça­do, 14 do setor alimentício e oito de máquinas e implementos. Há fábri­cas de móveis, agroindústrias, perfu­maria, madeira, vestuário e outras.

Mais de 35 mil contêineres partem todos os anos com diversos produtos, entre eles tabaco, carne, insumos e ce­lulose. A ferrovia deverá trazer mais agilidade no transporte dos insumos necessários para a produção.

Hoje, a maioria das grandes uni­dades de produção de ração compra milho e soja do Mato Grosso do Sul, onde os produtos custam em média, a metade do preço.

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