Depois de quatro meses com atendimentos suspensos para mulheres, a Clínica Central de Lajeado voltou a atendê-las na manhã de ontem. Às 8h o presidente Adalgildo Brizola fez uma solenidade com os internos e funcionários da casa. Duas mulheres confirmaram internação para o início da semana.
A ala estava fechada porque o espaço físico foi apontado pela vigilância sanitária como impróprio. Em setembro, em uma reunião entre vereadores de Lajeado e a diretoria da Central, foram feitas cobranças para que a clínica voltasse a atender mulheres. A promessa foi para um ano.
Conforme Brizola, no início do mês a estrutura do local foi replanejada e em um dos quartos masculinos foi criada uma Unidade de Desintoxicação (UD) para mulheres.
Nela há quatro camas, banheiro e um fumódromo. Há também toda uma estrutura técnica, como médicos e enfermeiros, para que elas fiquem acomodadas por oito dias, tempo necessário para serem transferidas para um quarto.
Na Central estão disponíveis dez vagas femininas e 80 masculinas. O tratamento para dependência química é semelhante para os dois sexos, mas são feitos em locais e momentos diferentes.
Segundo o presidente, há regras internas que exigem que homens fiquem separados de mulheres dentro da clínica. No momento há 42 homens internados de diversas regiões do país.
As próximas obras a serem inauguradas na Central são outras exigências da vigilância sanitária, como banheiros e acessos para cadeirantes.