Mais de 700 pessoas aguardam por cirurgias

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Mais de 700 pessoas aguardam por cirurgias

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Antes do término de 2011, vereadores querem que o Exe­cutivo encaminhe projeto de lei para utilizar recursos da câmara em cirurgias eletivas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Na sessão do dia 15 foi aprovado requerimento que so­licita R$ 1 milhão para atender pacientes que estão na lista de espera.

Conforme o presidente da casa, Paulo Adriano da Silva (Tóri) (PPL), na próxima sema­na haverá uma reunião para debater o assunto. A intenção é pagar, no mínimo, a metade das 704 cirurgias atrasadas.

Para ser legal, o requerimen­to precisa ser encaminhado à administração municipal, por meio de ofício assinado pelo presidente da câmara. Depois disso, deve ser elaborado proje­to de lei que destina os recursos para pagar as cirurgias.

Segundo o assessor jurídico do município, Marcelo Caumo, o procedimento está previsto no regulamento interno do Le­gislativo. “A indicação não ga­rante que será destinada a ver­ba para esse fim. Depende de acordo com o Executivo”.

Dois vereadores apresenta­ram requerimento sobre o as­sunto. Antônio Schefer (PTB) e Delmar Portz (PSDB). De acordo com Schefer, a demora pela ci­rurgia, em alguns casos, chega a cinco anos. “Chegam casos em que as pessoas morreram e não foram atendidas.”

Conforme Portz, a Câmara recebe menos recursos do que o previsto por lei, que é de 6% do orçamento do município. “Vamos propor ao Executivo a possibilidade de usar a verba ainda neste ano.”

Círio Schneider (PP) teme a abertura de precedente. “Ou­tros grupos, como dependentes químicos e pessoas que se tra­tam contra o câncer também pedirão o custeio de atendi­mentos.”Herrmann aguarda retirada de hérnia há dois anos. As dores atrapalham no trabalho

Demora irrita pacientes

Na lista de espera há dois anos, Verno Herrmann, 40, precisa retirar uma hérnia. Segundo ele, em setembro a Secretaria Municipal de Saú­de o contatou para agendar o procedimento. “Ficaram de marcar em 15 dias. E até agora nada!”

A mulher dele, Viviane, está preocupada com a situação. “Neste ano ele foi várias vezes ao pronto-socorro por causa das dores”. Morador do bairro São Cristóvão, Herrmann evita se locomover. “Sinto dores e estou preocupado.”

Previsto pelo convênio entre administração municipal e Hos­pital Bruno Born, o município repassa R$ 1,9 milhão por ano para garantir o atendimento de pronto-socorro e algumas opera­ções. Em média são 22 cirurgias eletivas por mês. Para atender as 696 pessoas que aguardam cirurgias, seriam necessários dois anos e oito meses.

Cirurgias Eletivas

São procedimentos de baixa complexida­de, sem as caracte­rísticas de urgência e emergência e sem ris­co de vida imediato ou sofrimento intenso. En­volvem especialidades gerais, ginecológicas, proctologia, vascula­res, urológicas e otorri­no. Exemplos: cirurgia de varizes, retirada de hérnia, verrugas, reti­rada de amígdalas e outros.

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