Lar de idosos encerra atividades após 11 anos

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Lar de idosos encerra atividades após 11 anos

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Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Irregularidades apontadas pelo Ministério Público e Vigilância Sanitária moti­varam o fechamento do Lar de Idosos São José. A falta de uma técnica em Enfermagem foi o es­topim, mas outras normas esta­belecidas não foram atendidas.

O proprietário do abrigo, Ân­gelo Strassburger discorda do fe­chamento e diz que investirá re­cursos para continuar operando. Strassburger trabalha no ramo há 14 anos e não pretende parar. “Tenho enfermeiras que querem ajudar.”a

De acordo com a promotora da Vara da Família, Veloci Pivatto, foram apontadas falta de cuida­dos com a higiene, armazenagem de alimentos, medicamentos e o descumprimento de leis traba­lhistas. Conforme a promotora, os gestores da casa não apresen­taram mudanças durante o perí­odo estabelecido para adequação às normas sanitárias e de conví­vio. “Tiveram tempo suficiente para se adequar, inclusive com orientações do Ministério Públi­co, mas não mostraram interes­se. Nós temos que zelar pela dig­nidade dessas pessoas.”

Os responsáveis legais deverão realocar os 20 idosos até dia 31 deste mês, quando a casa locali­zada no antigo hospital do bairro Conventos encerra as atividades após 11 anos. “Vigora no Brasil a ideia de que ‘não vai dar nada’ e é preciso saber que lidam com vidas e devem ter responsabilida­des”, diz a promotora.

Veloci afirma que no Lar de Ido­sos Tabita, depois de encontradas irregularidades, o MP interveio. Hoje, a administração do asilo demonstra evolução, atingindo metas, para que no fim do pra­zo estabelecido pela promotoria, chegue ao nível razoável de aten­dimento.

Maioria vai para Clínica Jô Barth

A Clínica Geriátrica Jô Bar­th, de Cruzeiro do Sul, iniciou a construção de uma sala de 130 metros quadrados, com capaci­dade para abrigar 23 idosos. A obra deverá estar pronta em 40 dias. O valor pago para cada in­terno será de dois salários míni­mos, sendo R$ 1.090. Conforme a proprietária Luciana da Silva, 15 pessoas devem ser transfe­ridas para a clínica na próxima semana. “Foi tudo muito rápido, mas vamos dar tratamento igual para todos.”

O prédio tem amplo terreno com gramado e bancos à som­bra. A proprietária afirma que a Vigilância Sanitária faz vistorias na casa com frequência e que os residentes terão um período de adaptação até terminar a obra. A clínica, que tem convênios com as prefeituras de Canudos do Vale, Estrela e Mato Leitão, contratará mais três funcionários devido ao aumento da demanda.

O residente Júlio da Silva, 66, mora há 12 anos na clínica. Pas­sou por período difícil quando enfrentou o alcoolismo e foi in­terno do Centro de Reabilitação Central. Lá sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC). “Minha irmã me salvou a vida quando me colocou aqui.”

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