Veículos importados encarecem em dezembro

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Veículos importados encarecem em dezembro

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Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Decisão do Superior Tribunal Federal (STF) adia para a se­gunda quinzena de dezembro o aumento de 30% na taxa de Produtos Industria­lizados (IPI) para carros impor­tados. A mudança tributária aprovada em setembro deve respeitar um prazo de 90 dias antes de entrar em vigor.

Nos meses de setembro e ou­tubro, montadoras repassaram parte do reajuste aos clientes. Estas pessoas podem recorrer à Justiça em busca de restitui­ção. Quando o aumento voltar, a média de acréscimo por veí­culo será de R$ 7 mil.a

A mudança afetou com maior intensidade as conces­sionárias que trabalham com carros “de luxo”, da China e das Coreias do Norte e Sul. O vendedor da concessionária Hyundai em Lajeado, Márcio Diehl diz que o aumento em setembro não elevou preços, mas prejudicou a negociação de descontos. As taxas que antes variavam de 10% a 20% foram reduzidas a zero na maioria dos casos.

Sua empresa vende carros produzidos na Coreia do Sul. Os preços ficam em torno de R$ 60 mil. Os veículos vêm com opcionais como rodas ABS, airbag e outros acessó­rios. Segundo ele, as monta­doras nacionais, em função dos impostos na faixa de 37%, não conseguem competir com os produtos importados. “A única forma de criar barreiras tributárias”, diz. “Quem perde é o consumidor.”

Em uma loja da Kia em La­jeado, o aumento do IPI em se­tembro fez com que os preços dos novos fossem remarcados. Não houve vendas neste perí­odo. Mesmo depois da entrada da nova taxa, os preços serão mantidos até que se esgotem os estoques.

Volkswagen projeta 10% de aumento

Marcas como Kia, JAC, Chery e Hafei e Hyundai, responsáveis por 7,46% dos emplacamentos brasileiros, tendem a perder es­paço. Desde 2010, estas com­panhias ampliaram sua partici­pação no mercado oferecendo carros completos pelos mesmos preços dos “pelados” nacionais.

O diretor de uma empresa au­tomotiva, Rogério Wink diz que os veículos da linha de luxo da Volkswagen produzidos na Euro­pa ficaram cerca de 5% mais ca­ros devido ao aumento do IPI em setembro, mas a prorrogação anulou o reajuste. A partir de ja­neiro, estes veículos com preços a partir de R$ 90 mil tendem a ficar até 10% mais caros.

“As montadoras irão absor­ver parte da alta”, diz. “Quem deseja um importado deve se apressar para economizar.” Para Wink, os modelos nacionais não tendem a ficar mais caros na es­teira da alta dos importados. A concorrência da indústria nacio­nal, que opera a “todo vapor”, tende a segurar os preços.

Caixa oferece financiamento automotivo

O Crédito Auto Caixa pode ser usado para a compra de nacio­nais e importados novos e com até dez anos de uso. É financia­do até 90% do valor do carro com até cinco anos e 48% para os veículos com até dez anos. Em caso de inadimplência, o automóvel pode ser usado para quitar a dívida. O valor máxi­mo é de até R$ 100 mil a uma taxa de 29,4% ao ano, que pode cair para 27% nas próximas se­manas. Os juros para veículos considerados “limpos” pelo pro­grama Nota Verde, do Ibama, partirão de 18% ao ano.

Marcas

Kia

O novo Picanto, fabrica­do na Coreia do Norte, custa R$ 34,9 mil, com o aumento do IPI, a pro­jeção é de que o valor suba para R$ 39,9 mil.

Volkswagen

O Tiguan, fabricado na Europa, custa R$ 99,9 mil.

Com o aumento da taxa este valor tende a che­gar a R$ 108,9 mil.

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