Desde o início do ano, o Centro de Controle de Zoonoses e Vetores (CCZV), da Secretaria do Meio Ambiente (Sema) realiza o Censo Animal. De 6.207 famílias ouvidas até o momento 73,22 % têm animais de estimação. Há 7.108 cães e 2.253 gatos – 1,5 por habitante.
O levantamento é feito pelas agentes de saúde. Quando visitam as famílias elas contabilizam o número de animais domésticos que há nas residências e aplicam um questionário. Os bichos que circulam nas ruas ainda não foram contabilizados.
Entre os dados questionados estão o tipo de moradias, cercamento, prevenção quanto à procriação e número de animais. O censo deve mostrar a realidade local. A secretaria utilizará o material em projetos nas comunidades carentes.
Um deles, em estudo, é a castração gratuita de cães e gatos. Segundo a coordenadora do CCZV, Juliana Fava e Silva, um cálculo prévio feito pela secretária revela que a castração é mais barata para os cofres públicos do que a manutenção quando os animais procriam. “Com o aumento de animais, outras secretarias acabam envolvidas, como a da saúde.”
Serão realizados trabalhos e palestras pela Educação Ambiental, abordando temas como a posse responsável, adoções e outros projetos que poderão ser desenvolvidos, buscando a conscientização da comunidade com a saúde pública.
Até o momento foram ouvidos moradores dos bairros: Campestre, Centenário, Centro, Conservas, Conventos, Igrejinha, Imigrante, Jardim do Cedro, Moinhos, Moinhos d’água, Montanha, Morro 25, Nações, Olarias, Planalto, Santo André, Santo Antônio, São Bento, Universitário. Localidades onde há agentes de saúde.
Conforme a coordenadora, a contagem dos animais servirá para o planejamento de ações em saúde pública, em particular no monitoramento e prevenção de zoonoses.
Ela cita que nos últimos anos aumentou de forma significativa o número de animais nas vias urbanas. Segundo Juliana, em alguns bairros da cidade é possível verificar animais na rua, sendo que muitos deles têm proprietários.
A coordenadora conta que os proprietários precisam providenciar maneiras de evitar que seus animais circulem livremente nas ruas. Soltos, podem ocasionar riscos a saúde pública como mordeduras, atropelamentos, transmissão de zoonoses e procriação de animais.
Aplicação de chips
A Sema adquiriu cerca de 1,8 mil microchips. Eles serão aplicados na nuca dos cães e servem como uma identidade. A partir da leitura de um código de barras implantado na peça é possível ler informações como o nome do animal, quem é o dono e vacinas recebidas.
O material auxiliará no controle populacional canino do município. O microchip tem cerca de um centímetro e é aplicável sob a pele com auxílio de uma agulha. A dor para o animal é semelhante a uma vacina.
Ele permitirá a localização dos proprietários dos animais perdidos. Este procedimento já está sendo desenvolvido pelo CCZV desde a abertura do “canil” em 2008. Eles utilizam o sistema para controlar a população de cães que passam pelo Centro.
Todos os caninos que entram no CCZV saem chipados, vacinados, desverminados e castrados. Cães de pessoas vítimas e desabrigadas das enchentes também estão recebendo os procedimentos.
Ainda este ano o número de animais chipados será aumentado com a chegada dos microchips. Em um primeiro momento a aplicação será feita em animais que circulam nos bairros Conservas, Jardim do Cedro, Morro 25, Nações e Santo Antônio. Nestes bairros já há um pré-cadastro dos bichos.