Vítimas de arrombamentos em comércios, residências e apartamentos querem solução para o alto índice de furtos ocorridos neste mês, principalmente, no centro. Só nos dias 10 e 11 foram cinco ocorrências semelhantes: bandidos sacaram o miolo da fechadura ou arrombaram a porta com um ferro. A Polícia Civil acredita que há uma quadrilha de Lajeado especializada em furtos.
Na semana passada, dois moradores do edifício na rua João Carlos Machado perderam notebook, eletrodomésticos, joias e dinheiro. As vítimas afirmam que vizinhos de outros andares ouviram o interfone tocar, mas depois de atender, ninguém respondia. No sexto andar, os moradores não estavam no momento do furto.
Conforme relato à polícia, dois homens entraram no prédio, enquanto uma mulher vigiava no lado de fora. Uma das vítimas afirma que, por volta das 10h, saiu durante 15 minutos e quando voltou avistou uma mulher em frente da porta do edifício. “Ela me encarou muito, então desconfiei.”
Quando chegou em casa, percebeu a porta arrebentada e que objetos de valor foram roubados. Uma TV de 42 polegadas, micro-ondas e computador ainda estavam na frente da porta. Foram furtados R$ 230 e joias em ouro e prata.
Na quinta-feira, mais um comércio foi alvo de criminosos. Os ladrões arrombaram a porta de ferro de um salão de beleza e levaram equipamentos. A vítima afirma que teve um prejuízo de cerca de R$ 1,5 mil. E sugere mais policiamento a pé. “Não adianta passarem por aí de viatura.”
A falta de segurança assustou a comerciante que deverá gastar com fechaduras mais resistentes. Houve tentativa de furto na sala comercial ao lado que teve o cadeado arrancado.
A Polícia Civil afirma que é preciso instalar fechaduras mais resistentes, ou grades nas portas para dificultar a ação. Moradores de edifícios devem chamar a polícia ao avistarem algum suspeito no prédio e nunca abrir a porta se não conhecer o indivíduo.
Tentaram de novo
Três dias depois de ter o apartamento roubado, moradora conta que ouviu a campainha tocar e viu pelo olho mágico uma mulher suspeita. “Atendi porque sabia que a vizinha estava em casa.”
A mulher de 24 anos foi presa nos corredores do mesmo prédio, quando tentava fugir. A suspeita pedia R$ 30 para comprar remédios aos filhos e mentiu que morava no apartamento 302, o mesmo do síndico.
Um morador segurou a suspeita e chamou a polícia. Depois de prestar depoimento, foi liberada. “Ficamos mais tempo dando explicações do que ela presa”, reclama a vítima.
Moradores afirmam que a mulher estava acompanhada por um homem moreno que carregava uma maleta de ferramentas.