Município cobrará investimentos da Corsan

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Município cobrará investimentos da Corsan

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Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Três anos após renovar de maneira antecipada a concessão dos serviços de água e esgoto com a Companhia Riograndense de Sa­neamento (Corsan) por 25 anos, a administração municipal está próxima de romper o contrato. A intenção é abrir processo de licita­ção para privatizar o saneamento básico nos bairros da cidade aten­didos pela empresa estadual.

O governo municipal está insa­tisfeito com os serviços prestados. A falta de investimentos no tra­tamento de esgoto está entre as maiores reclamações. Para isso, apresentará até o fim do ano o seu Plano Municipal de Água e Esgoto (PMAE), trazendo um relatório so­bre as residências atendidas pela Corsan e as principais necessida­des verificadas nesses locais. Cer­ca de R$ 200 mil devem ser inves­tidos no estudo.

A equipe responsável realizará audiências públicas com os mo­radores. Segundo o secretário de Obras (Sosur), Mozart Lopes, o plano é uma exigência da própria Corsan para realizar serviços de tratamento de esgoto. “Cobrare­mos as melhorias apontadas pelo estudo. Se não cumprirem, rom­peremos o contrato.”

Apesar de garantir que a prio­ridade é manter o contrato, Lopes confessa que “a chance de rompi­mento está próxima”. Mesmo sem o resultado do estudo, ele conside­ra difícil a Corsan atender as rei­vindicações. “Terão que investir mais do que investiram em todo o tempo que estão aqui.” Lopes ga­rante que a multa indenizatória que deverá ser cobrada pela em­presa não será empecilho para a privatização.

O secretário afirma que há em­presas interessadas em investir no tratamento de água e esgoto da ci­dade. Seriam seis até o momento. Entre elas a Odebrecht, vencedora da licitação e hoje responsável pe­los serviços de saneamento priva­do em Uruguaiana.

Corsan analisará o plano municipal

Conforme o superintendente regional da empresa, Alexsander Pacico, a Corsan está cumprindo o contrato firmado com Lajeado e atendendo a todas as cláusulas fir­madas. Sobre o PMAE, ele garante ser de interesse da empresa. “Ana­lisaremos com calma e responsabi­lidade o resultado do estudo. Esta­mos tranquilos e executando obras em prol da comunidade.”

Em maio desse ano, a Corsan anunciou investimento de R$ 4 milhões no município para ins­talação de 11 quilômetros de rede de esgoto no bairro Florestal, mas inexiste prazo para iniciar as obras. Por enquanto, apenas a Estação de Tratamento de Es­goto (ETE) do bairro Moinhos foi concluída, mas opera com menos de 15% de sua capacidade total. A empresa também quer ser res­ponsável pelo abastecimento de toda a cidade. As exigências e os valores investidos desagradam o executivo municipal.

Segundo o gerente da Corsan em Lajeado, Carlos Roberto Machado de Quadros, hoje são 26,2 mil eco­nomias atendidas pela empresa, cujo faturamento mensal na ci­dade é de R$ 1,3 milhão. A tarifa de consumo médio da população gira em torno de R$ 17.

perímetro urbano e rodovias. Des­tes, 5,1% resultaram em morte, o que representa seis pessoas. Em 2010, foram 126 acidentes, com oito mortes no local e 118 feridos.

O número de vítimas é três vezes maior do que na capital, se considerarmos a proporção de acidentes a de habitantes. Em Porto Alegre, de todos os aci­dentes ocorridos em 2010, 2% resultaram em vítimas no local. Em Lajeado, que tem 50 mil ha­bitantes a mais que Encantado, 12 mortes foram registradas em 2010, número próximo ao do mu­nicípio.

Marília vê na pesquisa uma forma de contribuir com a socie­dade, partindo de uma preocupa­ção pessoal. “As pessoas continu­am morrendo e nada é feito pelo trânsito daqui.”

Com o trabalho, Marília quer detectar as causas dos acidentes para encontrar formas de comba­tê-los. Ela afirma que os projetos sociais auxiliam nas demandas que os poderes público e privado não conseguem atender.b

Para realizar o levantamento, a estudante se valeu do período de um ano e meio em que traba­lhou no Centro de Formação de Condutores (CFC) do município, além de dados fornecidos pelo Departamento Estadual de Trân­sito (Detran) e Sindicatos de CFCs (SindiCFCRS).

Nesta semana começam as pes­quisas qualitativas com pessoas que sofreram acidentes, parentes de vítimas, policiais, diretores de CFCs e bombeiros para verificar os diversos pontos de vistas de um mesmo acidente.

Exemplos de privatização

Lopes visitou Uruguaiana e Santa Cruz do Sul. O primeiro não renovou seu contrato com a Corsan e por licitação contratou uma empresa privada para reali­zar os serviços de água e esgoto. Em cinco anos serão investidos R$ 160 milhões na cidade, e a proposta prevê zerar o déficit do saneamento. “O que foi visto lá satisfaz a nossa administração.”

Em Santa Cruz do Sul, o con­trato não foi renovado, mas a empresa entrou na Justiça para impedir o processo licitatório. Se­gundo a assessoria de imprensa do município, possíveis indeniza­ções cobradas pela Corsan serão custeadas pela empresa vence­dora da licitação.

Na próxima semana, o secre­tário viaja para Santa Catarina, onde analisará as situações de Lajes, Camboriú e Tubarão. As três cidades buscam a privatiza­ção dos serviços. Estrela é outro município insatisfeito com os ser­viços prestados pela Corsan, e no ano passado, não renovou o contrato de concessão.

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