No Espaço Imobiliário da Construmóbil serão lançados cerca de mil imóveis residenciais e comerciais, vendidos na planta por diversas empresas. A construção destas unidades habitacionais requer, no mínimo, 15 novos prédios e pode aumentar demandas públicas como a destinação do esgoto e infraestrutura para áreas distantes do centro.
Para receber o que comprou, o consumidor deve ficar atento para que o projeto esteja autorizado ou em vias de aprovação pela administração municipal. Os imóveis se concentrarão em bairros como Jardim do Cedro, Universitário e Conventos.
A compra na planta garante descontos e as condições próprias de pagamento com juros na faixa de 5% a 6% ao ano, média das construtoras. Para este tipo de aquisição não é possível buscar o financiamento do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida.
O diretor de uma construtora, Sidnei Schmidt diz que a cidade é um polo de atração de famílias de diversas partes do estado. Segundo dados do Censo, são mais de mil pessoas que a cada ano se mudam para Lajeado.
Cada vez mais unidades habitacionais são postas à venda. A vantagem de comprar na planta é a possibilidade de negociar condições de pagamento de acordo com os recursos e características dos interessados.
Por outro lado, se houver o atraso das obras o planejamento dos compradores fica comprometido. “A confiança em empresas sólidas garante a tranquilidade dos clientes.”
Além destes, cerca de 90% dos imóveis para venda e locação na cidade estarão à disposição dos visitantes. Ao todo serão mais de cinco mil com direito a simulações de parcelamentos e encaminhamentos de financiamentos por meio dos correspondentes bancários.
Poder de barganha
A empresa do corretor de imóveis Roberto Munhoz Leal está entre as que oferecerão os imóveis na planta. Este tipo de oferta aumenta o poder de barganha do comprador que pode solicitar condições especiais de pagamento quando opta por 30 a 50 parcelas.
Como entrada, muitos empreendimentos aceitam veículos e outros imóveis, reduzindo o preço final. Assim que a obra fica pronta é possível buscar as linhas de financiamento bancário. “A criação de relacionamentos com possíveis clientes garante oportunidades de negócios depois do evento.”
Segundo o coordenador do Espaço Imobiliário Everton Corbellini, serão oferecidas diversas unidades habitacionais que se enquadram no programa Minha Casa Minha Vida e demais linhas de crédito que utilizam recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). “Haverá opções para todos.”
Setor em Expansão
Segundo dados da Seplan, a média diária é de quatro pedidos de alvará recebidos. Nos registros não se diferenciam ampliações, regularizações e construção. A avaliação do órgão público leva cercade 60 a 90 dias. Em 2010, foram mais de 1,2 mil projetos aprovados. Desde o início do ano, são 685, área superior a 191 mil metros quadrados.
Empresários investem em estacionamentos
Na rua Saldanha Marinho, entre a Av. Benjamin Constant e a rua João Abott, será inaugurado um estacionamento rotativo particular com 30 mil metros quadrados e vagas para 1,3 mil automóveis. A partir desta semana, os primeiros dois andares, 230 espaços, começam a ser reservados.
Serão oferecidos 42 espaços para lojas em um centro comercial anexo com frente para as novas instalações do Hospital Bruno Born (HBB). A venda dos imóveis é feita pela imobiliária de Marcelo Munhoz. Segundo ele, durante a Construmóbil novos espaços estarão disponíveis. O investimento de R$ 30 milhões é ideia de seis empresários lajeadenses.
A ideia surgiu a partir de um levantamento, indicando que daqui a oito anos, a frota de veículos do município duplicará. “Se hoje temos falta de estacionamentos, imagina depois.”
Os sete estacionamentos instalados no centro não suportam a demanda. Dados do Instituto de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que Lajeado tem uma frota de 26 mil carros, cuja tendência de aumento mensal supera 120 veículos.
Segundo o diretor do Departamento de Trânsito de Lajeado, Luis Finkler, a média de circulação na Benjamin Constant é de 12,8 mil veículos a cada dia, aumentando para 23,1 mil em períodos de cheia no Rio Taquari, obrigando a interrupção de algumas vias.