Área cultivada diminuirá 8%

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Área cultivada diminuirá 8%

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Agricultores da re­gião aproveitam os dias secos para ini­ciarem a plantação da safra 2011/2012 de fumo, que começou dia 20 de agosto. A projeção da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afu­bra) é que haja uma diminui­ção de 8% na área cultivada e que o número de produtores reduza 5%.

Segundo o gerente técnico da Afubra, Iraldo Backes, esta redução no cultivo é decorren­te da superprodução em 2010. Diz que há fumo estocado e por isso os produtores foram aconselhados a plantar me­nos.

Na parte baixa da região o plantio começou dia 20 de agosto e vai até dia 15 de se­tembro. Na parte alta, esse pe­ríodo ocorre entre os dias 10 e 15 de setembro, pois nesta re­gião há maior risco de geada.

fumoBackes ressalta que as con­dições meteorológicas para esta safra serão favoráveis e que não haverá excesso de chuva. Diz que a falta de umidade não é tão prejudicial como o acúmulo de água na lavoura, que retira da planta­ção os insumos e agrotóxicos, gerando uma despesa maior ao produtor.

O ideal é que a densidade de chuva fique entre 15 a 20 milímetros por quinzena. Di­ferente de outras culturas, como o milho, que precisa de mais umidade no período de floração.

A produtora Sônia Sehn Rocha, 50, de Linha Sítio, em Cruzeiro do Sul, reduzirá a área de cultivo em 16% nesta safra. Um dos motivos é a difi­culdade em conseguir mão de obra para auxiliar no serviço, outro é a baixa valorização do produto.

O plantio das 60 mil mudas começou no dia 22 e metade dos pés foi plantado. Diz que o excesso de chuva atrasou o plantio, mas não acarretará prejuízos. Na safra passada Sônia colheu 880 arrobas, que foram vendidas ao preço mé­dio de R$ 80 cada.

Enfatiza que para suprir os gastos e gerar lucros é neces­sário vender a arroba por R$ 120.

Saiba mais

De acordo com dados da Afubra, no Brasil a safra 2010/2011 teve uma movimentação fi­nanceira de R$ 4,2 bi­lhões. Foram cultivados 407 mil hectares e hou­ve uma produção de 861 mil toneladas. Es­tão integradas 223,8 mil famílias. No mundo, o maior produtor é a Chi­na, com 2,9 milhões de toneladas. O Brasil está em segundo lugar, com 778 mil toneladas.

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