Vale tem novas oportunidades de qualificação

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Vale tem novas oportunidades de qualificação

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Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Na manhã de ontem, foram inauguradas as novas instala­ções das oficinas de eletroeletrônica do Centro de Educação Profissional do Serviço Nacional de Aprendi­zagem Industrial (Senai). Na ocasião, tomou posse o novo diretor Lírio José Frai, de Pas­so Fundo. O evento teve a pre­sença da imprensa e de líderes empresariais e políticos da re­gião.

Com a nova área de 408 metros quadrados distribu­ídos entre uma oficina de eletricidade predial, uma de eletricidade industrial, duas salas de aula e um laborató­rio de eletrônica, a entidade aumentará em 50% o seu nú­mero de alunos. A unidade tem 24 turmas.

senaiNo local, ocorrem atividades dos cursos de instalações elé­tricas, automação industrial, eletrotécnica e eletrônica e outros. Frai comenta que pro­jeção é que a cada ano 3.750 pessoas se qualifiquem para o mercado de trabalho em áreas como: gestão, mecânica industrial, eletroeletrônica e construção civil.

Nos 33 anos de atuação no município mais de 30 mil pes­soas se qualificaram no local em cursos que levam em mé­dia dois anos. “A expansão da produção é seguida da tecno­logia dos processos e gestão.”

A ampliação das vagas vai ao encontro da demanda cria­da pela Lei do Menor Apren­diz. Desde 2000, ela exige que estudantes ocupem de 5% a 15% de seus postos técnicos dos empreendimentos. Em 2011, são 43 turmas financia­das por empresários gaúchos de olho nestes talentos.

No fim do ano, Wiliam Ker­pen, 16, conclui sua forma­ção em eletrônica industrial, predial e automotiva. Atraído pelo Menor Aprendiz, desde março ele trabalha na área e se diz satisfeito por ter optado pela formação técnica. “Neste mercado há oportunidades e os salários são atrativos.”

Garantia de emprego

Em seu discurso, o presidente da Federação das Indústrias do Rio Gran­de do Sul (Fiergs), Heitor José Müller salientou que a industrialização e tec­nologia modificaram o panorama do emprego no Vale. Sobram oportunida­des e falta mão de obra certificada.

O empresário e presidente da Asso­ciação Comercial e Industrial de La­jeado (Acil), Valmor Scapin concorda com a afirmação. Em sua empresa de transportes, menos de 10% dos que buscam vagas apresentam a qualifi­cação exigida. As representantes do setor alimentício e a construção civil são as mais afetadas pela falta de pro­fissionais.

A demanda no município será ma­peada por uma pesquisa com empre­sários, trabalhadores e estudantes, cujo resultado será divulgado em outubro. Com base em uma amostra preliminar captada em 204 empresas locais, 63,73% projetam aumento no seu quadro de funcionários e 79,41% encontram dificuldades na hora de contratar.

O diretor de construtora e presi­dente do conselho do Serviço Social da Indústria (Sesi), José Zagonel conta que há mais de 25 anos sua empresa trabalha em parceria com a entida­de. Hoje, são nove jovens contratados como menores aprendizes.

O quadro pode ser ampliado em bre­ve. Zagonel ensina que qualificação específica para funções estratégicas é fator decisivo em qualquer currículo.

O diretor Regional do Senai do Rio Grande do Sul, José Zortea afirmou que além dos aspectos técnicos, os cursos devem mostrar a importância do trabalho em equipe e o comprome­timento com a empresa.

Encantado terá 70 vagas

Na manhã de hoje, será oficializada a parceria en­tre Senai e Univates para o início do curso de ges­tão administrativa na sede municipal da universidade. A partir de outubro, serão oferecidas 70 vagas para pessoas a partir de 18 anos e que tenham completado a 6ª série do Ensino Funda­mental.

O presidente da Associa­ção Industrial e Comercial de Encantado (Acie), Milton Mânica diz que a formação dos auxiliares administrati­vos foi motivada tanto pela lei do Menor Aprendiz, como pela demanda por qualificação a cargos chave na indústria e serviços. “O empresariado local quer que o Senai seja uma refe­rência para a Região Alta.”

Segundo ele, este é o primeiro passo para que cursos de outras áreas co­mecem a ser oferecidos. A lei criou uma demanda por estes profissionais e o em­presariado será parceiro na absorção da mão de obra e investimentos na unidade.

Saiba mais

O Senai recebe o apoio do governo federal, empresas e de administrações municipais para a realização gratuita de determinados cursos pro­fissionalizantes. Para os não gratuitos, os valores médios ficam em torno de R$ 450. Nenhuma turma pode exce­der o limite de 20 alunos.

Hoje, a unidade em Lajeado tem os cursos de: aprendiza­gem industrial, iniciação, aper­feiçoamento e qualificação pro­fissional nas áreas de gestão, mecânica industrial, eletroele­trônica, confeccionador de cal­çados, segurança do trabalho, construção civil, alimentação e eletricidade automotiva.

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