Em reunião-almoço, ontem, na Bebidas Fruki, o diretor da empresa, Nelson Eggers anunciou a construção de uma nova fábrica. Serão produzidos sucos, chás, bebidas de soja e energéticos. Participaram do encontro, o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), Heitor Müller e autoridades empresariais da região.
O projeto atende aos princípios de inovação traçados pela empresa lajeadense, que em 2011 completa 87 anos. Conforme Eggers, a Fruki aguarda propostas de terrenos dos prefeitos do Vale. A preferência é que seja fora de Lajeado.
Para viabilizar a instalação da nova fábrica, é necessário a área ser próxima da BR-386, tamanho mínimo de 20 hectares e ter abundância em água. O investimento previsto é de até R$ 30 milhões. Até o momento nenhum prefeito da região oficializou proposta.
No mesmo encontro, Eggers anunciou a possibilidade da marca Fruki se tornar referência nacional. Restrita à venda em território gaúcho (exceto exportação para Estados Unidos, Irã, China, Japão e Uruguai, todos em pequena quantidade) a empresa estuda a possibilidade de tornar o refrigerante guaraná uma franquia. Dessa forma, venderia o concentrado e concederia a licença para uso do referido rótulo para outras empresas produtoras de refrigerante no Brasil.
Mostram interesse cinco empresas, com sede em São Paulo e Espírito Santo, que têm centrais de distribuição em Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul. “É possível fazer o negócio, desde que as empresas respeitem as normas e tenham condições de fazer o produto com a mesma qualidade que fizemos aqui (em Lajeado).”
A Fruki hoje
Com 44 produtos no mercado gaúcho, a empresa tem capacidade produtora de R$ 300 milhões de litros ao ano. Ela detém 12,5% do mercado de refrigerantes do estado e está em terceiro lugar no ranking gaúcho. Perde para a Coca Cola e Ambev (fabricante da Pepsi Cola). Tem 660 funcionários. No RS, há quatro centrais de distribuição, localizadas em Lajeado, Cachoeira do Sul, Pelotas e Santo Ângelo. Atende mais de 30 mil clientes todo mês.