Barro toma conta de rodovia no interior

Notícia

Barro toma conta de rodovia no interior

Por

Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Há duas semanas, a em­presa responsável pela obra de pavimentação da ERS-421, que liga Forquetinha a Sério, Sanitec Sa­neamento Técnico, faz a terraple­nagem da pista. Após a chuva dos últimos dias, o trecho ficou cober­to por lama, gerando transtornos para a comunidade.

O trajeto mais precário é do Salão Sabke até a comunidade de Santa Cecília, em Arroio Alegre. A exten­são da obra é de 22 quilômetros.

barroAs administrações municipais de Forquetinha e Sério dizem que os moradores reclamam na pre­feitura. “Eles exigem que façamos algo”, diz o secretário da Admi­nistração de Forquetinha, Paulo Ströeher.

Ele ressalta que a responsabili­dade é da empresa e não do mu­nicípio e que, nos últimos dias, máquinas da Secretaria de Obras foram solicitadas para desatolar veículos.

A moradora Jaqueline Schmitz, 27, diz que a comunidade orientou a empresa a não colocar o material sobre a pista, mas foi ignorada. Na quinta-feira, ela faltou ao trabalho por não conseguir sair de casa. O acesso está coberto por barro e o carro está sendo guardado na casa da mãe. “Não aguentamos mais essa ladainha (sic)”.

O agricultor Oscar Locatelli, 51, diz que vários veículos atolaram no trajeto e necessitaram de rebo­que. “Se não apresentarem uma solução, interditaremos a rua. Não queremos fazer baderna, mas estamos cansados de esperar.”

Ele conta que uma professora que está grávida abandonou o carro durante a noite após ato­lar e teve que ir caminhando em meio à lama para casa.

Conforme o servente de pe­dreiro, Luis Carlos Locatelli, 21, sua moto estragou na segunda-feira, quando ele se dirigia para o trabalho até o centro de For­quetinha. A moto ficou atolada e ele só conseguiu sair com a ajuda de moradores.

Para contornar o trajeto e che­gar ao centro, ele passou pela comunidade de Chapadão, tendo que andar 25 quilômetros para chegar ao local. Antes esse trajeto era de nove quilômetros.

“Temos que esperar o tempo abrir”

O engenheiro respon­sável pela obra, Rui Pires reconhece a situação. Ele diz que enquanto a chuva não parar será difícil solucionar o pro­blema. “Quanto mais tentamos consertar, pior ficará.” Para amenizar o problema e tornar a via transitável será colocado pó de brita no trajeto. O material utilizado na ter­raplenagem foi a argila vermelha.

Pires destaca que os moradores precisam compreender que os re­cursos para a pavimen­tação estão atrasados e que a Sanitec trabalha com recursos próprios. “Para não abandonar a obra estamos fazendo a drenagem e terraplena­gem da rodovia.”

Estão trabalhando no local 15 funcionários e oito máquinas. Segundo ele, será necessário es­perar o tempo abrir para resolver a situação.

Acompanhe
nossas
redes sociais