Samu pagará por atendimentos terceirizados

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Samu pagará por atendimentos terceirizados

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Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Em reunião realizada na sexta-feira, na 16ª Coordenadora Regional da Saúde, os secretários municipais decidiram que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) cobrirá as despesas de atendimentos feitos com ambulâncias de municípios mais afastados de Lajeado, Estrela, Teutônia, Encantado e Arvorezinha.

samuSegundo a coordenadora regional do Samu, Beatriz Pegas, as críticas voltadas à demora nos atendimentos de urgência e emergência forçaram a decisão. Nos casos que implicam esses atendimentos, bombeiros e ambulâncias locais poderão buscar o paciente, mas será preciso repassar algumas informações à central em Porto Alegre. “Tem que fazer a regulação para que a despesa seja paga pelo Samu.” Algumas cidades usam o serviço mesmo sem pagar devido à sua localização, nas margens da BR-386.

Beatriz afirma que pacientes de Marques de Souza, Travesseiro, Cruzeiro do Sul, Bom Retiro do Sul, Capitão, Putinga, Colinas e Imigrante não terão atendimentos do Samu por não aderirem ao programa.

Falta adesão de municípios vizinhos

Dos cinco municípios que assinaram contrato e deixaram de repassar dinheiro ao Consórcio Intermunicipal da Saúde (Consisa), dois – Arroio do Meio e Boqueirão do Leão – efetuaram o pagamento. Marques de Souza, Coqueiro Baixo e São Valentim do Sul não aderiram.

Segundo a secretária de Saúde de Arroio do Meio, Helena Matte, o repasse atrasou por uma questão burocrática, mas a cidade conta com o serviço, mesmo tendo hospital e ambulâncias próprios. “É uma segurança a mais aos nossos pacientes.”

De acordo com o prefeito de Marques de Souza, Rubem Kremer, o município que tem um hospital 24 horas, considerado microrregional, não precisa participar do serviço. Ele afirma que sabe das dificuldades regionais e da necessidade de “união”. “Precisamos ser unidos, mas temos um hospital que dá conta de atender Pouso Novo, Canudos do Vale e Travesseiro.”

A falta de repasse do governo federal e de outras cidades ainda são ameaça ao serviço iniciado em janeiro que atendeu 1,2 mil pacientes – uma média de 11 por dia.

Segundo o coordenador regional de Saúde, Léo Bolsi, muitos criticaram ao iniciar o serviço, pedindo mais agilidade e agora deixam de contribuir. A União e as cinco cidades que ignoraram os pagamentos geraram uma despesa de R$ 215 mil.

O presidente do Consisa e prefeito de Doutor Ricardo, Milton Rolante, não quis dar entrevista.

Amvat formará comissão

O presidente da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat) e prefeito de Westfália, Sérgio Marasca, afirma que os pagamentos e os atendimentos do Samu serão assuntos na próxima assembleia geral da entidade a ser realizada na quinta-feira em Teutônia.

Na ocasião, uma comissão será formada para debater e melhorar o serviço. “Queremos que os municípios participem, mas precisamos de um atendimento de primeira linha.”

Outro assunto será a presença do secretário estadual de Obras Públicas, Irrigação e Desenvolvimento Urbano Luiz Carlos Busato que apresentará as ações da secretaria.

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