O anúncio do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão sobre a redução do preço do etanol no início da semana não se concretizou na região. Apesar de ter baixado em R$ 0,08, o combustível subirá na segunda-feira pelo menos R$ 0,06, contrariando outros estados.
Segundo o proprietário de um posto de gasolina de Lajeado, Evandro Fascina, nos quatro primeiros meses do ano ele perdeu R$ 200 mil que deixou de repassar ao consumidor devido a alta no preço. “Tivemos R$ 30 mil de prejuízo direto”, diz.
Em documento encaminhado aos revendedores, o diretor da Cooperativa dos Revendedores de Combustíveis (Coopetrol), José Ronaldo Leite Silva, informa que o novo preço do litro da gasolina comum será de R$ 2,89, em um reajuste de R$ 0,05.
Silva justifica o aumento devido à nova taxa de Imposto de Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), cobrado pelo governo estadual.
Fascina diz que, nos últimos quatro meses, os usineiros elevaram o preço do etanol em 182% devido à política de oferta e procura. Por determinação da presidente Dilma Rousseff, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) assumiu o controle do produto que passou a ser tratado como combustível estratégico e não mais como derivado da produção agrícola.
Conforme Fascina, as medidas adotadas por Lobão para reduzir o valor do etanol não surtiram efeito, pois os revendedores perderam a margem de lucro ao fazerem aporte financeiro para renovar o estoque.
“Mesmo que baixe o preço, levará mais 20 dias para recarregar os tanques.” O posto que antes vendia 15 mil litros de etanol por mês, agora não ultrapassa os 1,5 mil.