Em quatro meses, 162 veículos foram furtados

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Em quatro meses, 162 veículos foram furtados

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Um levantamento do Comando Regional de Policiamento Ostensi­vo (CRPO-VT) aponta que entre janeiro e abril deste ano ocorreram 131 furtos e 31 roubos nos 38 municípios aten­didos pela corporação – mais de um veículo por dia. No mesmo período, em 2010, foram 99 e 38, respectivamente.

O comandante do CRPO-VT, tenente-coronel Antônio Scussel, acredita que, se o índice perma­necer assim deve chegar a 300 no fim do ano, superando 2010, quando foram registradas 277 ocorrências.

De acordo com Scussel, o co­mando tomou as medidas ne­cessárias para coibir a ação dos ladrões, como as operações para acabar com pontos de desman­ches na região. Um deles foi en­contrado em Cruzeiro do Sul no dia 2 de março.

Cavalheiro informa que entre janeiro e 11 de maio foram regis­trados 80 furtos e 15 roubos só em Lajeado – o equivalente a 24 ocorrências por mês. Na primei­ra quinzena foram levados 17 veículos. Deste total, 39 foram recuperados.

furtoEle salienta que, dos 80 fur­tos, quatro não ocorreram. “São casos de pessoas que tiveram o carro guinchado por estar es­tacionado em local proibido ou que esqueceram onde estaciona­ram.” A maioria dos casos ocor­reu na região central.

Nos três primeiros meses des­te ano, 78 motoristas foram víti­mas destes crimes no município, enquanto que em Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo, o nú­mero é de 62, uma diferença de 20,5%.

O inspetor pede que a popula­ção tenha calma durante as in­vestigações. Ele diz que o traba­lho da Polícia Civil é diferente da Brigada Militar, o que demanda mais tempo para a elucidação dos casos.

Investigações são questionadas

A falta de retorno da Polícia Civil sobre o andamento das investigações gera ques­tionamentos sobre o trabalho dos investi­gadores. O Chevrolet Opala, de 1986, do empresário Marcelo Conci, de 38 anos, foi furtado há mais de dois meses e ele re­clama do trabalho exercido na delegacia.

O furto ocorreu no dia 9 de março, às 7h30min, próximo ao posto de saúde do bairro São Cristóvão. O carro estava com sua mulher, Verônica, que havia levado uma das filhas para ser atendida pelos médicos do local.

A irritação com a polícia começou uma semana após o registro, feito no mesmo dia do furto. Conci diz que foi até a dele­gacia pedir informações sobre a investiga­ção e a ocorrência estava no mesmo lugar em que o plantonista havia guardado.

Ele considera o fato como um desres­peito. Conci acredita que os policiais não fazem o serviço como deveriam. Ele diz que começou a procurar pelo veículo por conta própria e encontrou alguns des­manches no município. “Se eu encontrei, como é que eles (os policiais) não vão en­contrar?”

Cavalheiro diz que Conci mente. Segun­do ele, um colega deve ter imprimido a ocorrência novamente, após o empresário solicitar o andamento da investigação.

Ele salienta que as ocorrências são en­caminhadas aos setores responsáveis em até três dias depois de feito o registro. “As pessoas querem que a gente ligue todos os dias para elas para dizer que estamos investigando”, ironiza.

O inspetor ressalta que quando as ví­timas não veem o furto, as investigações ficam em segundo plano. “Se ninguém viu, não tem o que a gente fazer.” O mes­mo ocorre quando o registro é feito ho­ras após o ocorrido. Segundo Cavalheiro, neste período, os ladrões podem ter se deslocado para outra região, o que de­manda mais tempo para a investigação.

O inspetor acredita que as pessoas recla­mam porque precisam achar um culpado. Cavalheiro diz que, pelo fato de estarem descontentes pela ocorrência, tendem a desacreditar no trabalho da polícia.

Conci sabe que é difícil que seu carro ser recuperado. Veículos antigos tendem a ser desmanchados para a venda de peças. Os carros mais novos – que normalmen­te são recuperados com mais facilidade – são usados para fugas ou para carregar bens roubados em residências.

É importante ficar atento

O Conselho Municipal de Segurança de Estrela criou uma cartilha com dicas de como os motoristas devem agir para não terem seus ve­ículos furtados

– Não deixe o veículo esta­cionado na rua ou em locais escuros durante a noite ou ma­drugada. Procure deixá-lo em locais iluminados ou vigiados;

– Decore a placa do seu ve­ículo. Utilize travas e alarmes no carro;

– À noite, sem sinaleiras fique, atento ao retrovisor e mantenha o veículo a uma distância razoável do carro da frente. Essa providência facilitará o arranque em caso de emergência;

– Evite namorar ou ficar conversando dentro do veí­culo à noite;

– Acostume-se a não deixar as portas e janelas do veículo abertas quando parado, in­clusive, nas sinaleiras.

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