O crescimento de 20% na produção, previsto pelo proprietário da Mepase, Roni Allgayer, pode ser emperrado pela falta de mão de obra qualificada. Segundo a auxiliar administrativa da empresa, Patrícia Allgayer, a entrega dos produtos está um mês atrasada.
Patrícia afirma que a empresa não consegue abastecer o mercado externo. Os representantes comerciais fazem as vendas para o Dia dos Pais, mas as encomendas são feitas por lojistas da região sul, de São Paulo e de Minas Gerais – onde a Mepase tem revendedores.
De acordo com ela, seria necessário contratar pelo menos dez costureiras. Patrícia conta que se a pessoa não tem experiência, a empresa investe na qualificação, mas nem assim conseguem encontrar interessados.
O proprietário comprou, no início do ano, sete máquinas que fazem o trabalho de dez operários, mas não encontrou pessoal capacitado para operá-las.
A Mepase busca funcionários de outros municípios para evitar que o crescimento fique apenas na expectativa. A empresa produz entre 20 mil e 30 mil peças por mês.
O atraso nas entregas também afeta a outra fábrica de confecções, a Duallin Moda Íntima. Conforme uma das sócias, Nair Hubner, todos os meses os produtos ficam prontos após o prazo estipulado, devido à falta de mão de obra.
Nair informa que ela e a sócia, Aline Hubner, não fazem projeções de crescimento para este ano. “Não adianta a gente querer aumentar a produção se não temos mão de obra.”
A Duallin investiu em maquinário, assim como a Mepase, mas sofre com o mesmo problema: a falta de pessoal capacitado para operá-lo.