Trabalhadores rejeitam o comércio

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Trabalhadores rejeitam o comércio

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Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

O comércio passa por dificuldades para manter seus tra­balhadores devido aos piso salarial. O sindicato da categoria fez um levanta­mento que revela que cada vez mais são os funcionários quem pedem as demissões no setor.

Os principais motivos são a baixa remuneração e a falta de perspectivas de crescimen­to na empresa. Em 2007, nos municípios de abrangência do sindicato (Lajeado, Estre­la, Cruzeiro do Sul, Arroio do Meio, Muçum, Progresso, Pou­so Novo e Boqueirão do Leão), houve 1.410 rescisões. Em 2010, foram 1.618.

comercioNos supermercados, a rota­tividade é mais alarmante. Um comparativo entre 2009 e 2011 do primeiro trimestre mostra que 50,4% dos comer­ciários largaram as funções.

O presidente do sindicato, Marco Rockembach, diz que o setor de gêneros alimentícios carece de 20% na contratação de funcionários. “Os salários são os mais baixos, a carga horária é alta e quando traba­lham nos domingos não rece­bem nada.”

Rockembach destaca que os quadros se reverteram. Antes os industriários mudavam para o comércio, atraídos pelas condições de trabalho. Hoje, é mais vantajoso trabalhar na indústria. “A Docile oferece salário acima do piso regional e vantagens como crescimen­to profissional, atendimento médicos e dentários.”

O piso da categoria é divi­dido em varejista, R$ 618; co­missionado, R$ 652; e super­mercado, R$ 640. Rockembach prevê que quando empresários perceberem, eles terão perdido todos os funcionários, por­que estes terão migrado para outros setores.

Funcionamento do comércio no feriadão

As lojas fecham na quinta e sexta-feira e reabrem sá­bado. Os mercados de todos os portes, após negociações com o sindicato, decidiram que funcionam na quinta, sexta-feira e sábado e menos no domingo.

Campanhas para facilitar buscas

Um supermercado da região realiza campa­nhas para suprir a ca­rência de mão de obra. Nos próximos dias se­rão divulgadas cinco formas de contratação: Campanha Melhor Ida­de, para aposentados e donas de casa; Progra­ma Talento, para jovens do programa menor aprendiz; Aumente sua Renda, para pessoas que tem um emprego e querem um serviço extra no fim de sema­na; e há os programas direcionados a pessoas deficientes e para as que buscam um crescer profissionalmente na empresa.

Conforme a diretora do supermercado, Eunice Bergesch, a dificuldade de encontrar funcioná­rios está em todos os se­tores. Ela diz que o maior índice de rotatividade é de jovens. “Eles trocam muito de trabalho e não se dão conta que ficarão sem experiência e matu­ridade profissional.”

Para Eunice, a maior reclamação do setor de gêneros alimentícios é o trabalho em sábados e domingos.

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