Inquérito dos cheques furtados é arquivado

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Inquérito dos cheques furtados é arquivado

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Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

APolícia Civil de Lajeado não descobriu os autores do furto dos cheques da administração municipal, em 2005. De acordo com o delegado José Romaci Reis, este foi o motivo do arquivamento da investigação.

O prefeito de Forquetinha da época, Lauri Gisch (PMDB), considerado suspeito no caso – o delito ocorreu no primeiro ano de seu mandato – foi excluído do processo. As suspeitas ocorreram porque alguns cheques teriam sido assinados por ele.

O delegado diz que o Instituto Geral de Perícias (IGP) constatou que a assinatura de Gisch era falsificada. Reis recebeu, em abril de 2008, um laudo pericial dos cheques da assessora jurídica do Partido Progressista (PP) na época, Fernanda Goerck.

Gisch comemora a exclusão de seu nome do inquérito. Segundo ele, o furto dos cheques foi usado para interferir nas eleições daquele ano. “Alguns vereadores utilizavam a tribuna para lembrar o fato, levando velas para comemorar aniversário”, lembra.

Fernanda Goerck, atual assessora jurídica da administração municipal, diz que desconhece o arquivamento do inquérito e que se pronunciará apenas quando for informada oficialmente.

Advogado estuda reabrir inquérito

O defensor de Lauri Gisch, Luiz Bergamaschi, buscará o inquérito no Ministério Público nesta sexta-feira. Ele afirma que analisará a documentação e, caso necessário, solicitará a reabertura do inquérito.

De acordo com Bergamaschi, o PP poderá ser processado por calúnia. Ele afirma que a perícia encaminhada pelo PP ao delegado foi fraudada. O advogado salienta que contratou um profissional para verificar a autenticidade da assinatura. Tanto este, quanto o IGP, a consideraram falsa.

Fernanda Goerck contesta. Segundo ela, a perícia dos cheques foi realizada por um perito do Tribunal de Justiça, que confirmou a veracidade da assinatura, assim como atestou um cartório.

Entenda o caso

– Um talão com 34 folhas de cheques foi furtado na prefeitura, em 2005;

– Nos dias 22, 25 e 26 de julho daquele ano, quatro cheques – em valores superiores a R$ 5 mil – foram utilizados para comprar computadores em Carazinho;

– A administração municipal registrou o caso no dia 27 de julho, após ser avisada pelo banco da tentativa de compensação dos cheques – que foram devolvidos por estarem sem fundo;

– Em 2008, o delegado Reis recebeu alguns cheques originais e encaminhou para a perícia. Na ocasião, ele trabalhava com a suspeita de desvio de dinheiro público;

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