Na manhã de ontem, a ponte de ferro, que liga os dois municípios, foi interditada. Um caminhão acima do peso suportado pela ponte passou fora dos pranchões e quebrou as tábuas da estrutura.
A ponte ficou danificada em pelo menos sete pontos, mas foram feitos reparos com madeira para que ciclistas e pedestres pudessem passar. A medida é paliativa.
O secretário de Planejamento de Arroio do Meio, Henrique Meneghini, se reuniu ontem à tarde com o coordenador de Serviços Urbanos de Lajeado, Lauri Gasparotto, para avaliar a situação. Novas limitações de altura e largura dos veículos deverão ser colocadas. “A ponte é velha e não sustenta veículos acima de cinco toneladas”, disse Meneghini.
Mesmo com capacidade máxima para cinco toneladas, diversos caminhões e carretas, que usavam-na como atalho para evitar a RS-130, foram obrigados a dar a volta.
A decisão sobre a largura e altura máxima permitida deve ser definida ainda nesta semana. A liberação do acesso para vãs e ambulâncias pode ser um impasse. “Caminhão com certeza não passará mais”, adianta o secretário.
Desrespeito há mais tempo
O Jornal A Hora publicou no dia 14 de julho de 2010 reportagem sobre a falta de fiscalização em diversas pontes da região, principalmente as localizadas em Arroio do Meio/Lajeado, Boa União/São José, em Estrela, e na ponte de acesso a Forquetinha.
Moradores comprovam o desrespeito dos motoristas que passam, por vezes, com o dobro da capacidade, inclusive com retroescavadeiras. Na época, o diretor de trânsito de Arroio do Meio, Luis Soares, afirmou que a fiscalização ficava a cargo da Brigada Militar, após ser realizado um acordo com o Daer e a Brigada.
O diretor do Departamento Trânsito de Lajeado Luis Finkler afirmou na ocasião que era praticamente impossível fiscalizar a ponte 24 horas por dia. A infração por conduzir veículo acima do peso varia. Os valores, pontos na carteira e a categoria da multa aumentam conforme o peso.
A multa chega a ser gravíssima, quando ultrapassar uma tonelada acima do peso, podendo custar até R$ 2,7 mil.