Girassol é alternativa para diversificar produção

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Girassol é alternativa para diversificar produção

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Há cinco anos, a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) iniciou um proje­to de diversificação da agricultura por meio das lavouras experimentais nos vales do Taquari e do Rio Pardo. Ainda em fase de tes­tes, o técnico agrônomo da Afubra, Nataniél Sampaio, afirma que os re­sultados são satisfatórios.

A plantação média nas proprie­dades é de 1 a 2 hectares. A colheita prevista é de 1,5 tonelada por hec­tare, sendo que 40% é destinado às produções de biodiesel e 60% de ração. Sampaio calcula que o custo médio de produção é de R$ 650 por hectare.

girassolA Afubra oferece os grãos e os in­sumos para a plantação e devolve o produto pronto em biodiesel para ser usado nos equipamentos e em ração para o trato dos animais.

Sampaio acredita que a adoção do girassol pode demorar a ser di­fundida na região. Conforme ele, os produtores têm receio de trabalhar com um novo tipo de cultura.

A colheita da safra inicia-se em fevereiro. Na região, o município de Itapuca é o que melhor desen­volveu o projeto com uma média de três toneladas por hectare, en­quanto nos demais a média é de duas toneladas.

Produtores apostam na produção

Há quatro safras consecuti­vas o agricultor José Imério da Silva, 44 anos, realiza o plantio de girassol em sua propriedade, em Sampainho Alto, interior de Santa Clara do Sul.

Nas três primeiras safras o produtor plantou 1 hectare de terra e na última meio hectare.

A colheita deste superou as an­teriores em qualidade, satisfazen­do o produtor que para o próximo ano pretende triplicar a área de cultivo. Silva estima colher cerca de 1,4 tonelada do grão.

Ele diz que é importante diver­sificar a propriedade e destaca que o girassol é mais lucrativo e exige menos mão de obra, se comparado com a soja.

“Estudo deve continuar”

O técnico da Ema­ter, Nilo Cortez acre­dita que é neces­sário estudar mais este tipo de plantio. Ele afirma que para vender o produto deveria ser cultiva­do em maior escala. “Um exemplo é São Paulo que chega a ter propriedades de 500 hectares de plantação”, ressalta.

Segundo ele, uma solução para as pe­quenas proprieda­des lucrarem seria comprar em con­junto uma máquina para extrair o óleo de girassol, vendê-lo e usar a massa para alimentar os animais.

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