Prédio construído pela comunidade será vendido

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Prédio construído pela comunidade será vendido

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Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

O antigo prédio da Es­cola Cenecista que está abandonado deverá ser vendido a um grupo de empre­sários locais. Conforme o gerente-administrativo e financeiro da Campanha Nacional de Escolas da Comunidade (CNEC), Everton Kaffki, há uma proposta que está sendo analisada.

escolaKaffki disse que o imóvel está avaliado em R$ 670 mil. A área tem 9 mil metros quadrados di­vididos em três terrenos. “Não pretendemos reduzir este valor”, adianta. O vereador Alceu Heck (PMDB) comentou que são quatro empresários interessados na com­pra. A proposta enviada para a CNEC seria de R$ 500 mil.

O ex-diretor Ângelo Braun dis­se que a escola está tomada pela capoeira e virou ponto de encon­tro de drogados. Ele lamenta que todo trabalho da comunidade que construiu o prédio há 40 anos esteja desvalorizado. “Encami­nharei o caso para a Promotoria Pública”, diz.

Para o professor Ivo Wickert, de­veria ser formada uma comissão para exigir a devolução do imó­vel para a comunidade. Ele disse que por ano eram repassados R$ 60 mil no pagamento de aluguel e a CNEC não investiu nada na ma­nutenção do prédio.

Wickert comenta que o local po­deria ser repassado para a adminis­tração. “Se nada for feito em poucos anos tudo estará em ruínas”, diz.

Devolução está descartada

Kaffki reconhece o en­volvimento da comunidade na construção do prédio e da aquisição da área, mas diz, que no momento em que o local foi registrado em nome da CNEC, a área passou a ser propriedade da instituição.

Ele diz que o valor investi­do na época foi recompen­sado durante anos de pres­tação de serviços. “Fizemos parte da formação de mui­tos alunos. Esta foi nossa contribuição”, avalia.

Em tempo

Desde 2008, quando as aulas foram transferidas para o prédio novo, iniciaram-se as negociações entre administração, câmara e lideranças da comunidade para adquirir o imóvel. Como todas as propostas foram rejeitadas, inclusive a de R$ 200 mil da prefeitura, o local continua abandonado e o problema sem solução.

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