Com 29,5 mil votos conquistados na eleição de outubro, Luís Fernando Schmidt, 50 anos, soube, na quinta-feira à tarde, que troca a suplência por uma vaga na Assembleia Legislativa. Ele recebeu a notícia por telefone pelo futuro chefe da Casa Civil, Carlos Pestana.
Em casa, o petista recebeu a reportagem do jornal A Hora e falou sobre o significado da novidade para o Vale. “Ter o Schmidt lá não significa milagres para a região”, afirma.
Ele diz que um deputado pode ser insistente, mas não faz nada individualmente. É necessário que a região se mantenha sintonizada com o poder que define, nesse caso, é positivo que o partido do deputado esteja de acordo com o do governador.
Na Assembleia, Schmidt quer fortalecer a agricultura familiar, que é destaque do Vale. A preocupação é manter os jovens no meio rural, assumindo os negócios da família. Para isso, articulará com o governo federal a ampliação das políticas de apoio existentes para que o preço do produto agrícola melhore, tomando como exemplo o leite.
Quanto às estradas, diz que não há um governo que consiga fazer tudo. “Não podemos garantir, mas tentaremos alianças públicas e privadas. Falei com o Tarso, buscaremos financiamento internacional”, conta.
A definição da vaga
Ainda pela manhã, era incerto que Schmidt chegasse à Assembleia Legislativa devido ao governo de coalizão. Foram várias etapas que deixaram dúvidas até o anúncio oficial. A vaga para assumir como deputado só foi garantida após Luís Fernando Mainardi ser chamado para a Secretaria de Agricultura e Stela Farias para a de Administração.
Diferentemente dos demais que assumirão a partir de fevereiro, Schmidt ocupa o posto em janeiro, mesmo período que Tarso Genro, ficando um mês na vaga destinada ao suplente do mandato atual – 2006/2010.
Conheça Luís Fernando Schmidt
O futuro deputado nasceu em Boqueirão do Leão, quando ainda pertencia a Lajeado. Saiu de lá aos 14 anos e em Lajeado foi fotógrafo até os 16. Cursou Administração de Empresas em Santa Cruz do Sul, formou-se dentista na Universidade Federal de Pelotas (Ufpel). Na faculdade exerceu a política no movimento estudantil.
De 1988 a 1998, foi vereador pela primeira vez, eleito entre os 21 com 352 votos. Na eleição seguinte atingiu 1.702 votos, maior da história do município até então.
Em 1990, concorreu pela primeira vez a deputado estadual a pedido de Tarso Genro. Tentou novamente, em 1994, e quatro anos depois se elegeu ao cargo pela primeira vez.
Em 1996, se candidatou à prefeitura. Em 2002, foi reeleito deputado e em 2006 e 2010, ficou 2° suplente.