Com vasta experiência no jornalismo, o repórter gaúcho Caco Barcellos estará, em Lajeado, amanhã, para dividir com o público sua trajetória de vida. Ele trará um pouco do seu conhecimento e estudos sobre a história e a realidade brasileira. Barcellos é hoje um dos mais renomados nomes da comunicação no Brasil, especializado em jornalismo investigativo, documentários e reportagens sobre assuntos sociais, principalmente injustiças e violência.
Hoje, à frente do programa Profissão Repórter, exibido nas terças-feiras na Rede Globo, trabalhou como correspondente internacional em Nova Iorque e Londres e como repórter das revistas Veja e Istoé, e dos programas Globo News, Globo Repórter, Fantástico e Jornal Nacional. Barcellos traz informações sobre sua carreira, seus erros, acertos, instigando o público a ser persistente e empreendedor. Ele retrata as dificuldades e barreiras enfrentadas até hoje em sua carreira, bem como seus sucessos e fatos inusitados.
Barcellos aborda, entre outros temas, a credibilidade do jornalismo; a gestão de grupos de jornalismo investigativo; a produção de reportagens sobre problemas sociais associados à violência, ética e cidadania; e comunicação. O evento é uma promoção do jornal A Hora com apoio da Expovale 2010 e patrocínio de Lojas Benoit e Languiru.
Livros, prêmios e grandes reportagens
O currículo de Caco Barcellos é digno dos grandes jornalistas mundiais. São três livros lançados. Dois deles, Rota 66 e Abusado, fazem parte do currículo escolar da periferia de grandes cidades brasileiras. O último é indicado em alguns vestibulares como leitura indispensável. O repórter recebeu o Prêmio Jabuti, um dos mais prestigiados do país.
Rota 66 é muito lembrado por ter identificado 4,2 mil vítimas mortas pela Polícia Militar de São Paulo. Após o lançamento do livro, o jornalista teve de deixar o país devido a constantes ameaças de morte. A publicação rendeu-lhe outro Prêmio Jabuti na categoria reportagem e mais oito prêmios de direitos humanos. Seu primeiro livro, A Revolução das Crianças, foi escrito após o autor acompanhar a vitória dos guerrilheiros sandinistas na guerra civil da Nicarágua.
O jornalista recebeu mais de 20 prêmios, todos por reportagens e documentários televisivos. Foi premiado como melhor correspondente internacional nos anos de 2003 e 2005, e em 2006 e 2008, eleito o melhor repórter da televisão brasileira. Esses prêmios foram realizados pelo site Comunique-se com um júri formado por 60 mil jornalistas. Para coroar, Caco recebeu em 2008 o Prêmio Especial das Nações Unidas, sendo eleito como um dos cinco jornalistas que, nos últimos 30 anos, se destacou na defesa dos direitos humanos.