Expovale é vitrina para divulgar produtos e consolidar marcas

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Expovale é vitrina para divulgar produtos e consolidar marcas

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Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Embora a maioria afirme que esteja fazendo bons negócios, há uma parcela de expositores, mais comedida, que reconhece que a feira serve mais para divulgar a marca do que efetuar vendas.

Diretor da Latvida, Felipe Mall­mann, relata a dificuldade de concre­tizar negócios na feira, mas reconhece a oportunidade de atrair clientes e as­sim aumentar a produção na unida­de estrelense com 163 funcionários.

expovaleO empresário Marcelo Munhoz atua no ramo imobiliário e disse que a feira está superando suas expecta­tivas. Ele acredita que no próximo fim de semana o movimento au­mentará.

O pavilhão do automóvel é consi­derado destaque em vendas. O ge­rente de uma das marcas da Scapini Motors, Jacson Goetz, conta que fo­ram vendidos até ontem três veícu­los, somando R$ 170 mil. A intenção é fechar dez negócios até domingo.

Mateus Artus, proprietário de uma loja de equipamentos para exercícios físicos, cita que neste ano investiu mais no estande. Ele o ampliou e criou um design singular para exibi-lo. “Se metade das pessoas que con­versei no fim de semana voltar para fechar negócio terei pagado meu es­paço na Expovale”, diz.

No pavilhão 2, Vitor Kalsing ex­põe imagens e filmagens áreas. Ele aproveitou a oportunidade da feira para lançar a sua nova marca. Ele vende cartões postais de locais e eventos da região e diz estar satis­feito com as vendas.

Na área externa, Marcos Klein parti­cipa da feira pela quarta vez e diz que o momento é importante para divul­gar os produtos e efetivar vendas.

Programação

Hoje:

Alunos do Ensino Funda­mental de escolas municipais, estaduais e particulares de Lajeado têm ingresso liberado para a feira. Escolas que reser­varam antecipadamente rece­berão um ingresso do parque de diversões para cada aluno.

Às 16h, terá uma apresenta­ção de teatro do grupo De Per­nas pro Ar com a peça Mira.

A partir de 19h, a rádio Sor­riso terá espaço no pavilhão de shows para apresentar bandas. A primeira é Vacilo da Lua (pop reggae); a segun­da, Jeito Casual (pagode) e a última será a dupla Eduardo e Ezequiel (sertanejo).

Amanhã:

À tarde, terá baile da tercei­ra idade. Pessoas com mais de 60 anos têm entrada liberada.

Visitantes perto do esperado

Shows, palestras e os 360 ex­positores trouxeram em cinco dias de evento mais de 82 mil pessoas para a 17ª Feira Indus­trial, Comercial e de Serviços – Expovale.

Uma das novidades do even­to é o voo de helicóptero, em que mais de 600 pessoas parti­ciparam. A atividade é desen­volvida pela Associação de Mo­nitoramento Aéreo Ambiental – Monitorar, de Lajeado, que trouxe um helicóptero de R$ 1,2 milhão e pilotos.

O passeio dura três minutos e custa R$ 50 por pessoa. Confor­me o piloto Carlos Roni, o valor cobrado paga o combustível e manutenção da aeronave. Ele diz que a intenção da entidade é proporcionar aos visitantes um passeio breve pela cidade com um baixo custo. O piloto destaca que na próxima edição da feira participará novamente e pretende melhorar a oferta de voos.

A Monitorar é uma organiza­ção não governamental (ONG) que com aeronaves fiscaliza, localiza e inibe agressões ao ambiente, como desmatamento e incêndios. A ONG mantém-se por doações financeiras e de materiais para executar suas atividades.

Túlio Tusoc e o filho André, 11 anos, passearam pela primeira vez de helicóptero e aprovaram. “Me senti livre (sic)”, diz o pai.

Nesta edição, as empresas oferecem uma particularidade para as crianças. A Unimed, por exemplo, não tem um estande de produtos, mas um espaço para as crianças, conciliando sua di­vulgação. O ambiente tem jogos manuais e eletrônicos e quem optar por desenhar pode expor seu trabalho no mural. Os pais podem deixar gratuitamente seus filhos no estande e passear pela feira.

Segurança do parque é reforçada

Policiais, câmeras de vigi­lâncias e seguranças particu­lares auxiliam na segurança do parque. Mais de cem profissionais controlam os equipamentos e asseguram um passeio tranquilo aos visitantes.

Até o momento nenhuma ocorrência foi registrada. A Brigada Militar (BM) trabalha com 40 policiais militares dentro do parque. Nos fins de semana mais 15 alunos-sargento de Montenegro auxiliam na segurança.

Durante a madrugada, a BM realiza patrulhamento dentro e fora do parque.

A vigilância privada da feira monitora 26 câmeras de vigilância nas áreas externa e interna dos pavilhões, além das portarias. A empresa atua com 20 guardas duran­te o dia e outros 18 à noite. Todos os profissionais têm treinamento de vigilância, primeiros-socorros e combate a incêndio.

Reunião Amvat na feira

O encontro da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat) foi reali­zado na sexta-feira dentro do parque da Expovale. O grupo pretende encaminhar ao governador eleito Tarso Genro (PT) proposta de que um prefeito seja o represen­tante da região no Conselho Político do futuro governo.

Um documento foi assina­do pelos prefeitos presentes. O prefeito de Westfália, Sérgio Marasca (PT), entrega­rá o material. Os prefeitos pretendem sugerir o perfil dos novos dirigentes com destaque para sua capacida­de técnica a fim de atender às necessidades dos municí­pios.

A assembleia contou com a participação do presidente da Associação dos Municí­pios de Turismo da Região dos Vales (Amturvales), Ro­naldo Zarpelon, que apresen­tou um relatório das ativida­des do ano e uma proposta de reajuste das mensalidades em pelo menos 30% para que a associação possa desenvol­ver as ações necessárias e dar continuidade aos proje­tos regionais.

Abertura com presença e fala de autoridades

Com 40 minutos de atraso, número alto de autoridades citadas no protocolo e falta de luz, o brilho da abertura da Expovale, na sexta-feira, ficou apagado.

O evento homenageou os municípios do Vale do Taquari com a entrada das bandeiras levadas pelos alunos da Escola Municipal Porto Novo, do loteamento Verdes Vales.

Empresários, autorida­des, políticos e lideranças locais e nacionais, entre eles a senadora eleita, Ana Amélia Lemos, e o deputado federal, Enio Bacci participaram do momento. Conforme o presidente da Expovale 2010, Otto Blaas Filho, neste ano a procura por estandes foi superior à capacidade do parque. “Isto evidencia que a par­ticipação no evento gera resultados”, diz.

O presidente da Asso­ciação Comercial e In­dustrial de Lajeado (Acil), Valmor Scapini, valorizou o slogan desta edição – A Força do Vale é Você. “A frase representa a ener­gia do poder empreen­dedor e da vontade de construir”, diz.

Distrito industrial para atrair novas empresas

A administração municipal lan­çou na Expovale o projeto do Distrito Industrial Fritz Prass que será cria­do na RSC-421, a cinco quilômetros da BR-386, e deve ligar a rodovia da produção com a área central do mu­nicípio.

Conforme o prefeito Waldemar Richter, as obras devem ser inicia­das em 2011. A área de 22 hectares será divida em 84 lotes. O projeto contemplará praça, área para esta­cionamento, campo de minifutebol e espaço para caminhadas. “Nosso objetivo é atrair novas empresas e gerar emprego, diversificando a eco­nomia”, diz.

O projeto foi desenvolvido pelo ar­quiteto e urbanista, André Kieling, pela assessora de Meio Ambiente, Simone Schneider, e pelo engenheiro civil, Samir Battisti. Segundo Simo­ne, a área verde onde foram planta­das árvores nativas serão mantidas. As margens do córrego serão reflo­restadas, transformando o local em um minijardim botânico.

Próximos eventos técnicos


TABELA

Diversidade que conquista novos clientes

Implantação de agroindústrias tornou-se alternativa de lucro para muitas famílias no meio rural. Participação na feira garante mercados e clientes

Agricultores da região co­meçam a fazer a lição de casa no processo de diversificação e obtenção de mais lucro nas propriedades. O exemplo pode ser conferido no pavi­lhão das agroindústrias, no qual 88 famílias expõem sua produção.

Estima-se que existam cerca de 4,5 mil pequenas agroindústrias no estado. A regional da Emater/RS-Ascar de Estrela tem registradas 172, das quais 150 estão em funcio­namento, 18 em construção, três aguardando aprovação de órgãos fiscalizadores e uma em fase de ela­boração do projeto.

Conforme Jocimar Rabaioli, asses­sor de Política Agrícola e Agroindús­tria, da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag), a feira repre­senta uma oportunidade para agre­gar valor aos produtos agroindustria­lizados. “Os agricultores têm a chance de mostrar sua produção e conquistar novos mercados”, diz.

Rabaioli diz que as agroindús­trias garantem emprego e lucro no campo. “É uma das saídas en­contradas para manter os jovens na agricultura”, diz.

Doces negócios

O apicultor José Horn, de Estrela, diz que a feira é uma oportunidade de fixar sua marca e conseguir clientes. Sua produção anual de mel chega a três toneladas. O preço do quilo é de R$ 9. “Apesar da qualidade, temos di­ficuldade de vender o produto em cer­tas épocas do ano”, comenta.

O casal Elmo e Lovani Ely, de San­ta Clara do Sul, aposta na produção de melado para incrementar os lu­cros na propriedade, visto que são produzidos mensalmente 220 qui­los. O quilo é vendido a R$ 3,50. Na feira, a novidade foi o caldo de cana servido na hora. “O importante na atividade é priorizar a qualidade e o bom atendimento”, frisa Elmo.

Agroindústria investirá em abatedouro

A Agroindústria Kolonie Alimen­tos, produtora de salames defuma­dos, linguiça e salsichão, de For­quetinha, investirá na construção de um abatedouro. A proprietária Dalva Muxfeld diz que o projeto prevê o abate semanal de dez suí­nos e dois bovinos. “Nossa meta é fazer parte do Suasa, um progra­ma do governo federal e poder ven­der nossos produtos pelo menos na região”, projeta.

Eucalipto clonado é a novidade

O viveirista Marciano Ely, de Santa Clara do Sul, expõe mudas de euca­lipto clonado. As espécimes Duni e Grandis apresentam um desenvolvi­mento até 30% mais rápido. Os tradi­cionais (Cereja e Vermelho) demoram um período médio de até oito anos para serem derrubadas, sendo que o clonado está pronto em seis anos.

Além da diferença no preço que agrada – a muda clonada custa em torno de 25% mais do que a tradi­cional. “Plantar eucalipto tornou-se uma atividade lucrativa, tendo em vista o consumo ser maior do que a oferta”, diz.

O custo de mil mudas varia de R$ 160 a R$ 180, dependendo da varie­dade. Para reflorestar um hectare o investimento gira em torno de R$ 600. Ely projeta vender este ano dois milhões de mudas para todo estado.

O que deve ser melhorado

Entrevista feita com alguns expositores revela que na área externa da parte da frente dos pavilhões faltam banheiros móveis, estandes com venda de água e lugar para sentar. No salão do automóvel, a dificuldade é a climatização.

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