Entidades discutem mudanças na gerência dos parques municipais

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Entidades discutem mudanças na gerência dos parques municipais

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Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Palco de eventos, como Expovale, Agroind e Construmóbil, o Par­que do Imigrante retor­nou às discussões de entidades, como a Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil), Uni­vates e Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). Elas pretendem criar uma fundação que admi­nistre os parques da cidade, in­cluindo os municipais Professor Theobaldo Dick e Histórico.

fundaparquePara manter o do Imigrante são gastos R$ 200 mil por ano da Secretaria de Obras, cerca de R$ 20 mil por mês em custo operacional (água, luz, quatro funcionários e pequenos repa­ros) e a cada feira o município destina um incentivo. Para a Expovale foram R$ 100 mil pro­venientes da Secretaria de In­dústria e Comércio.

Conforme o secretário Carlos Alberto Martini, ocorrem no par­que eventos públicos e privados. O local é oferecido para campe­onatos de futebol, rodeio, grupo de patinação, provas de autoes­cola, entre outros. Contudo, ele acredita que o aproveitamento pode ser maior, se receber inves­timentos.

Há cerca de três anos, o mu­nicípio adquiriu uma área de dois hectares nos fundos do Par­que Histórico com a intenção de ampliar o do Imigrante. Martini relata que há a possibilidade de fechar a rua Lourenço Maia da Silva que passa entre os dois, unificando a área. Conforme ele, se o Parque do Imigrante fosse vendido da forma que está hoje, custaria no mínimo R$ 14 milhões.

O local deve se manter aberto

O ex-secretário de Planeja­mento, André Kieling, auxiliou na elaboração do primeiro projeto. Para ele, a prefeitura mantém de forma razoável o Parque do Imigrante. “O local é pouco aproveitado”, conta.

Kieling diz que no projeto antigo havia a intenção de construir um auditório maior, “não há um local público e com mais lugares na região. A necessidade persiste desde aquela época”.

Conforme ele, para uma fun­dação assumir é preciso haver entendimento entre ela e o pú­blico. “O local deve ser aberto a todos como é hoje”, diz.

Estudo compreende vários projetos

O grupo de trabalho es­tuda e cria a cada encontro novos projetos. Um deles é a construção de um Centro de Eventos. Estima-se que sejam investidos R$ 16 mi­lhões em obras. O esboço foi confeccionado por um arquiteto de Lajeado, e o estudo de viabilização feito pela Univates.

O ambiente abrigará um teatro, sala de espetáculos e salas de estudo. No lo­cal, devem ser oferecidas salas para as entidades como Acil, Lions Clube, Rotary Clube, câmara de vereadores, entre outros, que colaborarão com as despesas.

Conforme o advogado e integrante do grupo, Ney Arruda Filho, a intenção é que o parque esteja aber­to todos os dias para haver fluxo de pessoas.

Outro projeto sugerido é a venda da atual área do Parque do Imigrante e compra de outra maior nas proximidades. Neste caso, conforme Arruda, a inten­ção é construir pavilhões com estrutura adequada para exposições.

Fundação manterá toda estrutura

Ela ainda não foi criada, há apenas uma minuta do estatuto na Acil. Após a oficialização, deverá ser aberto processo de licitação. A vencedora receberá os parques por concessão municipal.

Se a fundação assumir, ela terá que manter toda a estrutura. Deverão ser criados cargos de responsabili­dade e o envolvimento da administração municipal será opcional. O presidente da Acil, Walmor Scapini, relata que foram quatro encontros até agora, e o projeto está em fase de estudo.

“A intenção é dar vida (sic) ao parque e encontrar uma forma dele manter-se sozinho”, afirma Scapini. Trans­formando o parque, Scapini diz que é possível sediar eventos que hoje se concentram apenas em Porto Alegre. “O objetivo é continuar com os campeonatos de futebol e outras atividades abertas ao público, mas com mais segurança e cuidado”, conta.

Há mais de dez anos o projeto foi criado e apresentado ao prefeito da época, Claúdio Schumacher, mas foi arqui­vado por rejeição de alguns membros da comunidade.

Exemplo a seguir

Em Bento Gonçalves, 12 entida­des uniram-se e criaram a Funda­parque. Após processo de licitação, a entidade assumiu a administra­ção do parque da cidade. Confor­me a gerente do parque, Neusa Furlanetto dos Santos, a prefeitura mantinha três pavilhões em esta­do precário e agora o local é con­siderado como uma das melhores estruturas para eventos no país.

Ela conta que a principal mu­dança de transformar um parque em fundação é a administração do local. O patrimônio continua sen­do da prefeitura, mas a fundação é mantenedora. “Todos os recursos ganhos em eventos são revertidos em melhorias no parque”, diz.

O Parque de Eventos tem área territorial de 322.566 metros qua­drados e espaço coberto e clima­tizado de 58 metros quadrados. O local dispõe de torre de telefonia, internet, cobertura Wireless, heli­ponto, reservatórios de água pró­prios, estacionamento asfaltado, permitindo um fluxo de 2,5 mil automóveis dentro do Parque.

Fundaparque foi tema de trabalho de conclusão

A arquiteta Adriana Nunes Machado, em 2008, concluiu seu trabalho final de graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) com o pro­jeto da Sede da Fundaparque.

No projeto acadêmico, Adria­na sugeriu a nomeação da Acil como agente interventor. E as outras entidades arcariam com o investimento de infraestrutu­ra de suas sedes no projeto. A ad­ministração municipal terá que se comprometer com a cessão da área.

Ela cita que no planejamento será construído um novo edifí­cio de quatro pavimentos distri­buídos em áreas – empresarial, sindicatos patronais, clubes de serviço e eventos.

Lá ficam as infraestruturas de cada sede, como salas de reu­nião, recepção, refeitório, midia­teca e biblioteca empresarial, entre outros.

A área de eventos teria auditó­rio com no mínimo 900 assentos com cabines de tradução simul­tânea, salas de som e projeção, salas modulares. “Uma das ideias norteadoras do projeto foi a possibilidade de funciona­mento desta estrutura de forma ininterrupta. As atividades sen­do desenvolvidas diariamente, mesmo quando há feira”, cita.

FIQUE ATENTO

FUNDAPARQUE: Há vários projetos. Um deles prevê a construção de um Centro de Eventos no Parque do Imigrante com valor estimado em R$ 16 milhões. O local pode ser sede de entidades de serviços e Câmara de Vereadores de Lajeado.

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