Jovem do Vale acompanha drama dos mineiros

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Jovem do Vale acompanha drama dos mineiros

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Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Com 25 anos e no sexto semes­tre do curso de Jornalismo da Ulbra/Canoas, Álvaro de Andrade foi uma das pes­soas do Vale do Taquari que participou da maior cober­tura jornalística deste ano – o resgate dos mineiros no Chile.

Andrade venceu o Concurso Primei­ra Pauta, organiza­do pelo jornal Zero Hora e o prêmio era acompanhar uma re­portagem. Foram três seletivas: um texto sobre o jornal ideal, outro sobre a estreia do Brasil na Copa do Mundo e a final uma reportagem sobre as obras da Prefeitura de Porto Alegre e uma entrevista com editores e repórteres da Zero Hora.

mineirosQuando venceu desco­nhecia o destino, mas na se­mana passada soube de que viajaria para o Chile com o jornalista, Rodrigo Lopes, que tem reportagens inter­nacionais no currículo.

“A sensação de estar in loco é interessante. Fui tes­temunha da história. Penso em quando contarei isso para meus filhos e netos”, empolga-se. Ele diz que os quatro dias de acampamen­to no Chile foram difíceis em termos logísticos.

Eles não tinham água nem comida porque havia muitos jornalistas na área e os suprimentos eram insu­ficientes. “Como chegamos correndo e à noite, não deu tempo de nos prepararmos melhor, foram quatro dias sem banho e sem lavar o rosto”, cita.

Nesses dias An­drade dormiu cerca de nove horas ao todo. O momento de maior emoção foi a saída do último mineiro, e o mais tenso foi a chegada no acampamento. “Não tínhamos credenciamento e precisamos passar por três barreiras policiais”. O medo era de não conseguir chegar ao local.

Faltavam quatro minutos para as 22h do dia 13 de outubro e no deserto do Ata­cama, “renascia” o último dos mineiros soterrados. O estudante conta que a área da mina San José tornou-se uma festa. Ele estava na sala de imprensa, atualizando as informações para o minu­to a minuto de zerohora.com, e Lopes circulava pelo acampamento, falando ao vivo na Rádio Gaúcha.

O jovem repórter co­nheceu e trocou experi­ências com jornalistas da TV Brasil, Rede Globo e Record. “Foi especial poder conversar com Caco Barcellos”, comenta. Ele revela que todos os repór­teres, indiferentemente das experiências, estavam em condições iguais, “eu era tão repórter quanto eles”. Andra­de relata que Barcellos foi muito simples, conversou e parabenizou-o por estar lá.

O colega de Andrade é um profissional competente e ama o que faz. Confor­me o jovem, Lopes ficou acordado mais de 24 horas, “alimentando-se” de notí­cia. “Incansável, deu-me mais do que liberdade para fazer a cobertura com ele: confiou e apostou no meu trabalho. Serei eternamente grato a esse novo grande amigo que fiz”, afirma.

Funcionário da Ulbra TV, Andrade é chefe de produção e reportagem. Ainda não recebeu convite para trabalhar no grupo RBS, mas está tranquilo e satisfeito por ter feito um bom trabalho.

“Tudo que acontecer daqui para frente será fruto disso. Gosto muito de rádio e traba­lhar na Gaúcha seria a reali­zação de um sonho”, admite. Ele quer agarrar com deter­minação toda boa proposta que surgir e obter seu diplo­ma. “O Supremo Tribunal Federal (STF) invalidou-o, mas continuo avaliando-o como fundamental.

Como todo jornalista, ele almeja informar sempre. “Jornalismo é uma escadaria, vamos galgando degrau a degrau”, descreve.

Ele diz que é muito grato a cidade de Encantado, porque foi no município que deu seus primeiros passos. “A rádio Encantado AM 1580 sempre estará nas minhas lembranças porque foi ali que descobri minha vocação”, diz.

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