Equipamentos à vista atraem ladrões

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Equipamentos à vista atraem ladrões

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Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

furtos “Não quero os notebooks pelo bem material, mas sim pelos arquivos que estavam dentro deles”, declara Ralf Schmidt, de Teutônia. Na tarde de segunda-feira, seu carro estacionado na Av. Acvat, bairro Americano, foi arrombado por bandidos que levaram três notebooks e duas malas com roupas. Desesperado com a perda, o comerciante oferece recompensa de R$ 5 mil para reaver as três máquinas. Ele conta que nelas constam todos os dados da empresa onde trabalham ele e dois colegas que o acompanhavam no dia.

“São dados importantes que vão desde o setor financeiro até o comercial”, diz. Os computadores furtados pertencem a uma empresa de Garibaldi que trabalha com aço. Ralf estava de passagem na cidade e parou para almoçar com os colegas antes de seguirem a São Paulo. O carro foi estacionado em frente ao Café Virtual por volta de 12h30min. Após 20 minutos, quando retornaram, “o carro estava limpo”, como definiu.

O comerciante diz que foi buscar um dos colegas perto do Fórum, no centro da cidade, e suspeita que alguém os tenha seguido até o local onde ocorreu o crime. Ele cita que no dia foi a primeira vez que o alarme do carro não funcionou. “Alguém pode ter algum tipo de bloqueador de acionamento de alarme”, desconfia.

O furto no veículo de Ralf é investigado pela Polícia Civil. Segundo o chefe das investigações Paulinho Cavalheiro, nas últimas semanas outras vítimas estavam na mesma situação de Ralf, solicitando apenas o material arquivado nos computadores.

Mas segundo ele, na maioria das vezes o primeiro ato do bandido para despistar o crime é apagar tudo o que está na máquina.

Unicshopping registra 19 casos

Desde o início do ano, 19 registros de furtos foram feitos do estacionamento do Unicshopping. Só no mês de julho foram sete.

Em todos os registros, os carros eram de outra cidade e tinham sinais de vidros quebrados ou fechaduras arrombadas. A maioria deles ocorreu entre 10h30min e 13h – horário de almoço –, apenas dois foram entre 17h e 18h.

A Polícia Civil de Lajeado trabalha com três hipóteses: conivência de funcionários, pessoas estranhas que aproveitam a fragilidade da segurança do local, ou funcionários que cometem o crime.

O chefe Paulinho Carvalheiro conta que notebooks, aparelhos de som e câmeras filmadoras são moedas de troca em qualquer lugar. “Eles furtam e rapidamente negociam por valores baixos”, observa.

Motoristas precavidos contra furtos

Glicério Puhl, 50 anos, fez seguro total do novo automóvel. Ele teve seu veículo anterior furtado em dezembro em frente a sua residência, numa avenida movimentada e ao meio-dia. Agora, Puhl fica atento ao estacionar o carro. “Meu novo automóvel tem tudo de segurança, seguro total, corta corrente, alarme, e ainda levo junto comigo o rádio e os documentos”, conta. Ele diz que não se sente mais seguro para estacionar na cidade.

Batista Beuren, 27 anos, tem medo de deixar o carro estacionado em qualquer lugar da cidade. “Uso tranca, alarme e tiro o rádio”, diz. Além dessa precaução, ele colocou películas nos vidros para não deixar nada à mostra.

Ousadia do ladrão

Conforme o capitão da Brigada Militar (BM), Luciano da Silveira Johann, a impunidade estimula esse tipo de crime. “O ladrão rouba à luz do dia em ruas movimentadas porque sabe que será preso e logo depois solto”, diz. No entanto, o capitão lembra que a BM continuará prendendo os bandidos seja qual for a punição.

Johann conta que no centro da cidade os bandidos que furtam em veículos são viciados do crack e tudo o que estiver à mostra pode ser moeda de troca para sustentar o vício.

O capitão pede que as vítimas registrem sempre, mesmo que o furto for pequeno, porque auxilia no mapeamento das ocorrências e poderá solucionar casos futuros. “Nosso trabalho é preventivo e baseado em índices”, diz.

Recompensa

Ralf Schmidt oferece recompensa de R$ 5 mil pelos três HDs dos notebooks furtados. Interessados podem entrar em contato pelo 9973-1916.

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