Orçamento poderia sustentar 12 cidades

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Orçamento poderia sustentar 12 cidades

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Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

O orçamento da ci­dade aumentou 283% nos últimos dez anos. A arreca­dação prevista para o próximo ano é de R$ 124 milhões – valor que representa 20,4% de todos orçamentos de 38 cidades do Vale do Taquari. Mesmo que tenha um dos menores territó­rios da região, o município é o maior em população com 72 mil habitantes.

O dinheiro orçado para o exercício de 2011 na prefeitura de Lajeado, poderia sustentar outros 12 municípios da região – Arroio do Meio (R$ 27,6 milhões), Canudos do Vale (R$ 6 milhões), Capitão (R$ 9 milhões), Colinas (R$ 7,6 mi­lhões), Coqueiro Baixo (R$ 7,3 milhões), Cruzeiro do Sul (R$ 16,5 milhões), Forquetinha (R$ 7,3 milhões), Marques de Sou­za (R$ 9,1 milhões), Progresso (R$ 10 milhões), Santa Clara do Sul (R$ 9 milhões), Sério (R$ 7.5 milhões), e Travesseiro (R$ 7 milhões).

Com 1.591 servidores pú­blicos o principal comprome­timento do orçamento lajea­dense é o com funcionalismo, onde são aplicados 42% por ano, ou seja, R$ 4,3 milhões gastos em pagamentos de funcionários ao mês. A Secre­taria da Educação é a que mais recebe investimentos, com cerca de 30% do total. Estrela e Teutônia são as segunda e terceira cidades com maiores orçamentos. No entanto, os valores somados são inferiores a projeção lajeadense.

Potencial do Vale

Conforme o secretário da Fazenda, Juraci Rodrigues, o crescimento nos últimos anos ocorreu em função do desenvolvimento econô­mico do município, principalmente do comércio, da indústria e das empresas prestadoras de serviços. Esta última, representa 8% da arre­cadação total, ultrapassando o Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), sendo assim, o principal mecanismo de obten­ção de recursos próprios da administração. A quantidade de novos loteamentos e edificações é citado como fundamental para o crescimento, segundo o secretário. “Muitas pessoas estão escolhendo Lajeado para morar, isto fez com que virássemos um pólo regional”, avalia, acrescentando que esta conquista deve ter os méritos divididos entre comunidade, poder público, empresários e universidade.

Para o secretário de Indústria e Comércio, Carlos Alberto Martini, praticamente todos os municípios da região registram índices positivos de crescimento econômico, o que reflete nos seus orçamentos públicos. “Lajeado apresenta uma receita per capita superior à média da região em função da importância do setor industrial, que costuma gerar um maior valor adicionado, e também pela força dos setores comercial e de serviços”, afirma. Ele cita o volume de re­ceitas próprias, como o Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISQN) e o IPTU, que atingem 35% do total, como fator relevante do crescimento, pois são recursos importantes que se agregam aos repasses estaduais e federais. “Desta forma é possível promover melhorias nos serviços públicos prestados e maiores in­vestimentos em educação, saúde, infraestrutura urbana, e em todas as áreas atendidas pela municipalidade”, destaca, acrescentando que, outros municípios da região que, embora tenham um orçamento menor, apresentam um índice superior de receitas públicas per capita, como é o caso de Capitão, Westfália e Nova Bréscia.

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