Empresários querem fiscalização de ambulantes

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Empresários querem fiscalização de ambulantes

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Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Com o constante au­mento do número de ambulantes cir­culando no centro da cidade, comerciantes reclamam do livre comércio dos mesmos e a falta de fiscalização da administração. Segundo eles, os ambulantes vêm de outros estados, instalam-se em cida­des vizinhas, ou até mesmo em hotéis da própria cidade. A maior reclamação é a falta de respeito com o comércio local, pois os ambulantes ficam em frente ou a poucos metros das lojas, muitas vezes abordando os clientes para vender os mesmos produtos do estabelecimento.

Uma comerciante relata a falta de respeito que os am­bulantes têm com ela e seus clientes, inclusive oferecendo os produtos para os funcio­nários da loja. “Liguei várias vezes para a prefeitura, mas disseram que não podiam fazer nada”, protesta. Indignada ela diz que não sabe mais a quem recorrer e que não acha justo eles virem de outro estado para venderem seu produto aqui sem pagar impostos.

Outro comerciante reclama que nos últimos dias um am­bulante, sem educação, entrou na sua loja, oferecendo os produtos a seus clientes. “Fui pedir se ele tinha licença, mas ficou bravo comigo e saiu re­clamando”, diz. O comercian­te critica a falta de fiscalização do Executivo. “Cansei de ligar para a prefeitura denunciando os ambulantes, mas nunca fui atendido.” Ele e outros em­presários estão planejando um abaixo-assinado para proibir o livre comércio ambulante.

A melhor cidade de vender

O vendedor ambulante, Da­niel França da Costa, 28 anos, deixou dois filhos e sua esposa na cidade de Patos, Paraíba, para trabalhar em cidades gaúchas, principalmente, nas do Vale do Taquari. Ele relata a facilidade de vender seus produtos em Arroio do Meio, onde não precisa pagar licen­ça. “Essa é a melhor cidade de vender, nunca fui abordado pela fiscalização, acho que não tem aqui”, desafia. Ambulante Daniel

O ambulante comenta que em outras cidades precisa pagar de R$ 180 a R$ 400 por dia, valor que por ele é considerado absurdo, visto que seus lucros não chegam a tanto. Costa afirma que ganha R$ 100 por dia, mas gasta boa parte em hospedagem em um hotel de Lajeado. Ele confessa que alguns comerciantes não gostam de sua presença na cidade e que foi ameaçado por eles. “Não sinto que estou os prejudicando, preciso susten­tar minha família também.” Ele atua na área de vendas ambulantes há mais de dez anos e se sente satisfeito com seu emprego.

“Não posso ficar o dia inteiro fiscalizando as ruas”

Segundo a fiscal da prefei­tura, Roseli Gatti, que traba­lha sozinha no setor de fisca­lização dos tributos, muitos ambulantes são autuados, no entanto ficam devendo o valor da multa. “Eles ficam aqui alguns dias até serem multados. Então saem e não pagam nada a ninguém”, explica. Roseli fala sobre a dificuldade de efetuar uma fiscalização mais intensa em virtude do serviço interno na prefeitura. “Não posso ficar o dia inteiro na rua cuidando e multando esses vendedores, pois tenho outros serviços para fazer”, justifica.

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