Apenas quatro das sete câmeras de vigilância adquiridas pelo município há cinco anos funcionam. A prefeitura pagou R$ 268 mil pelos equipamentos e arca mensalmente com R$ 1,2 mil para mantê-los, mas há falhas na manutenção. Em julho do ano passado, a reportagem apurou que três câmeras não estavam em atividade e depois de dez meses, elas ainda não foram consertadas. A função do equipamento é auxiliar o trabalho da Brigada Militar (prevenção) e Polícia Civil (investigação) no combate à criminalidade no centro do município. No total são 35 quadras que deveriam estar vigiadas.
Quatro das sete câmeras de vigilância foram adquiridas em 2005, as outras três em novembro de 2008. Nessas há dificuldades de funcionamento por falta de manutenção. Lajeado foi a segunda cidade do interior gaúcho a implantar o monitoramento de segurança pública. Parte do equipamento que funciona é usado 24 horas por dia desde sua instalação e deve ser monitorado por um policial militar na sede do 22º Batalhão da BM em Lajeado.
Mesmo com a dificuldade em manter as câmeras existentes a prefeita Carmem Regina Cardoso anunciou no fim do ano passado que remeteu ao Ministério da Justiça a proposta para conseguir mais 20 equipamentos de vigilância, estimadas em R$ 1 milhão, via Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci). A pretensão é instalar o novo equipamento nos principais pontos de entrada da cidade, inclusive nas rodovias RS-130 e BR-386. A resposta deverá ser divulgada até o fim deste ano.
A justificativa do município para que as câmeras não estejam em funcionamento são as modificações no trânsito; um acidente onde um caminhão teria se chocado contra a estrutura de uma delas; e a fragilidade e dificuldade de limpeza das câmeras. A cada 30 dias ou quando a BM solicitar funcionários da Secretaria de Obras fazem a limpeza das sete lentes.
No fim da tarde de ontem o município confirmou que até o fim de semana a empresa responsável pela manutenção deverá resolver os problemas. A empresa justificou que a demora no conserto foi por problemas técnicos como cabos de energia.
Câmera não flagrou acidente
Em junho do ano passado, dois jovens fugiram de uma blitz policial na Senador Alberto Pasqualini, um jovem de 18 anos morreu em um abalroamento com uma viatura da Brigada Militar e outro de 17 anos foi encaminhado em estado grave ao hospital local. Na época a BM afirmou que a câmera instalada na esquina onde ocorreu o acidente não funcionava. A dúvida era se os jovens teriam passado em sinal vermelho ou a própria BM na tentativa de parar a motocicleta teria excedido a velocidade.