Menos de um mês após as mudanças no trânsito central de Lajeado, o governo municipal já acena com a possibilidade de alterar algumas decisões, principalmente pelas constantes reclamações de empresários e motoristas. Uma das principais polêmicas está no trecho da Av. Alberto Pasqualini, próxima do trevo da BR- 386, principal acesso do município. A proibição dos retornos teria diminuído a presença de clientes em alguns estabelecimentos, localizado do lado direito da via (sentido bairro-centro), o que causou indignação de alguns comerciantes. Entre eles está Luis Brenner, proprietário de uma revendedora de motos, e que na segunda-feira participou de uma reunião, envolvendo comunidade e Poder Público. No encontro foram discutidas algumas reclamações e marcado um novo encontro desta vez com a participação do engenheiro responsável pelas mudanças. Segundo Brenner, para todos os clientes que vêm do centro da cidade, a dificuldade de acesso à sua loja é grande. “Eles precisam fazer um retorno absurdo, que lhes toma muito tempo, e algumas vezes, faz com que desistam ou deixem para vir outra hora ao estabelecimento”, garante. Outro problema citado seria o fato de muitos ainda utilizarem o trevo da BR 386 para realizarem o retorno.
Brenner reclama que seja providenciado ao menos um retorno entre a cidade e o trevo. Ele garante que o problema não atinge apenas seu estabelecimento, mas sim as duas últimas quadras da avenida antes do acesso da cidade. “Temos revendedoras, lojas de autopeças, padarias, e inclusive prédios residenciais, se antes era complicado retornar, agora ficou quase que inviável”, diz. O empresário não é contra a mudança do trânsito e inclusive afirma que elas vieram para melhorar o intenso fluxo de veículos, e que nota que isso está ocorrendo. “Apenas penso que possa ser repensado algumas situações. Não há porque ser uma mudança tão drástica”, observa. Segundo ele, com o aumento do fluxo nas ruas transversais e dos semáforos na avenida, a tendência é que o retorno por essas vias fique mais devagar. “Era lento andar pelas transversais, agora sem os retornos, ficará pior”, acredita. Segundo Brenner, outra reclamação que será levada para a reunião é sobre os estacionamentos da Av. Benjamin Constant. “A maioria dos estabelecimentos comerciais está do lado direito da via, no entanto o estacionamento só é permitido no lado oposto”, observa.
Administração analisará reclamações
Segundo o secretário de Governo, Isidoro Fornari Neto, a administração municipal está providenciando uma nova reunião para discutir a questão do trecho da Av. Alberto Pasqualini, próxima do trevo de acesso da cidade para que se chegar a melhor alternativa para o local. “Esses questionamentos da comunidade são importantes. A administração está aberta a sugestões, pois as mudanças não são engessadas, elas estão sujeitas a readequações. Mas isso depende de estudos”, observou. Desta vez, explica Fornari, o encontro terá a participação do engenheiro responsável pela mudança, que ouvirá as dúvidas e críticas da comunidade. “Com isso, queremos alcançar a melhor alternativa para melhorar o trânsito naquele local”, salienta, acrescentando que, apenas com mais tempo analisando o novo fluxo será possível ter uma posição definitiva sobre o melhor plano a ser efetuado.
O que ainda pode mudar
Estacionamento na Av. Benjamim Constant poderá ser liberado nos dois lados da pista
Estacionamento na rua Bento Gonçalves poderá ser extinto em um lado da via
Parque do Dick poderá virar estacionamento pago. Ideia seria aproveitar a área localizada próximo do centro para desafogar as ruas principais. Prefeitura deverá propor parceria para a Uambla, inclusive com preços especiais
Engenheiros de Porto Alegre virão ainda esta semana para analisar o fluxo e a situação na Av. Pasqualini, inclusive os tempos dos semáforos
Foto Rodrigo Martini