O problema é antigo. Lixo, móveis estragados, carros desmanchados, capoeira e restos de material de construção civil tomaram conta das ruas no centro e nos bairros. Apesar das constantes reclamações dos moradores, o descaso continua sem uma solução por parte da administração. Em alguns locais o material jogado nas esquinas favorece a procriação de mosquitos, ratos e animais peçonhentos.
A dona de casa Terezinha de Moura Brizola, 35 anos, que mora na rua Bento Gonçalves, diz que no local há mais de um ano nenhum servidor da prefeitura passou para fazer a limpeza. “O mato está tomando conta e ninguém faz nada. Pagamos nossos impostos em dia e temos o direito de ter nossas ruas limpas. É uma vergonha o que está acontecendo”, critica.
A aposentada Clari Müller, 64 anos, explica que muitos moradores estão fazendo mutirão e limpam as calçadas na frente de suas casas. “Se esperar pela prefeitura o mato toma conta. Cansamos de fazer pedidos e só escutar promessas”, lamenta.
Problema causa má impressão
Os vereadores Leandro Marmitt (PMDB) e Lovani Weind (PP) criticaram a falta de uma solução para o problema que é verificado também nos bairros. “Na Vila Célia as calçadas estão estragadas e tem capoeira por todo lado. O mato tomou conta da Casa do Morro que quase não se enxerga mais. Queremos uma solução, pois isso está causando uma má impressão para quem visita a cidade”, apontou Marmitt. Lovani disse que algumas ruas estão esquecidas. “Não sei por que nossos pedidos não são atendidos. Sempre prometem, mas nunca fazem”, lamenta.
Conforme o secretário de Obras Flávio Schossler, a limpeza das ruas iniciou esta semana. “Atrasamos um pouco, porque alguns servidores estavam de férias. Nas próximas semanas, vamos tentar recuperar os locais mais críticos”, destaca. Quanto ao material de construção e lixo jogado pelas vias, a prefeitura está fazendo a notificação das empresas e dos moradores para relizarem a retirada.
Foto Giovane Weber