A mesa dos consumidores está cada vez mais saudável com a medida resgatada pelo Grupo de Agricultores Ecologistas. Oito famílias da localidade de Forqueta fazem da agricultura combinações que evitam a degradação do meio ambiente e da saúde dos seres humanos. Atividade como plantio de morango e alho no mesmo canteiro garante qualidade, afastando insetos e pragas sem necessitar de agrotóxicos. O enriquecimento de nutrientes no solo é feito de forma natural. Os produtores desse distrito são constantemente alvos de pesquisa de professores e alunos de universidades como Ufrgs, Uergs, Unisinos, Unisc, Ucs e Univates. A produtora Helena Weizenmann fez do quintal de sua casa um terreno de menos de um hectare, sua fonte de renda e alimentação. “O mais importante é o solo não estar doente, isso facilita tudo”, disse. De forma organizada, as plantas são cultivadas em combinação: ao lado da horta devidamente sombreada com telas tipo “sombrite” existe uma plantação de feijão de porco que libera o nitrogênio necessário para a terra. Helena cultiva alface, rúcula, beterraba, chicória, brócolis, pepino, tomate, abobrinha, temperinho, cebolinha, salsa e outros.
A produção é vendida no mercado do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR). Só em alface, Helena vende cerca de cinco mil pés ao ano. “As pessoas procuram mais por ser um alimento fresco de melhor sabor. Tentamos resgatar o plantio de sementes crioulas”, fala. Essas são as que não passaram por processos de adulteração genética, como as híbridas ou as transgênicas. Uma variedade de frutas e verduras para consumo próprio pode ser colhida no pátio de casa devido à estratégia de plantio e cultivação do solo com adubos orgânicos. “Deixamos fermentar o esterco de porco por cerca de meio ano”, revela. O adubo fica povoado por minhocas que produzem o húmus, rico em minerais e proteínas. “Muitos vêm até em casa buscar o produto”, revela