A destruição do cemitério da Comunidade Católica São Roque, em Tamanduá, no dia 4 de janeiro, desencadeou um problema. Não existe mais lugar para enterrar os mortos. O cemitério foi interditado pela Fepam por estar localizado em cima de uma saibreira. Para acalmar os mais de 200 sócios, a Mitra ofereceu três outros cemitérios da paróquia: Bela Vista do Fão, Vasco Bandeira ou Picada Serra.
A maioria das pessoas tem resistido em enterrar seus familiares em algum cemitério de outra localidade. Até o momento, nenhuma morte aconteceu em Tamanduá após a enxurrada.
Proposta é reprovada
O plano de enterrar as pessoas em outras comunidades não agradou a maioria das famílias. Jair Bazzo explica que é contra a proposta apresentada pela diocese. “Se alguém da minha família vier a falecer vou enterrar lá. Colaboramos tanto tempo com a comunidade para garantir este espaço e agora querem que nossos entes queridos sejam enterrados longe daqui e ainda termos que pagar um alto valor para fazer isso. Não podemos concordar com isso”, observa. Bazzo questionou por que apenas o cemitério católico foi interditado, se no evangélico as águas também causaram destruição.
A interdição do local fez com que alguns moradores buscassem outros locais para enterrar seus familiares. Dázia Kerber diz que a família não concorda em enterrar seus parentes longe da comunidade. “Não acho justa essa decisão. Por isso decidimos que se caso alguém venha a falecer, este será enterrado na nossa propriedade em Lagão, em Barros Casal”, comenta.