O setor pecuarista brasileiro recebe grande estímulo nesta quinta-feira com o reconhecimento internacional como nação livre da febre aftosa sem vacinação.
A certificação pela Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA), em cerimônia na França, garante ao mercado a busca por novos compradores das carnes bovinas e promete elevar os preços pagos ao produtor.
Comitiva brasileira foi à Paris para participar de debates técnicos com a OMSA nesta quarta-feira, 28, com a apresentação de avanços do país na área de saúde animal. O grupo repassou dados sobre o sistema de vigilância sanitária, o controle de doenças e as boas práticas da pecuária.
O mercado nacional exporta carne bovina para diversas nações, entre ela a China, Estados Unidos e União Europeia. A partir de agora, começam as interlocuções com países mais exigentes com a origem do produto.
Para o vice-presidente da CNA, Gedeão Pereira, o reconhecimento é um passo importante para a pecuária nacional e traz ainda mais responsabilidades para o setor público, privado e, principalmente, para os produtores rurais, que são os verdadeiros protagonistas desse avanço.
“Todo o setor de carne se beneficia desse progresso. Temos que cuidar do nosso rebanho ainda mais. O mercado internacional exige quantidade, rapidez e qualidade no fornecimento dos alimentos”, afirma Gedeão.
RS é certificado há 4 anos
O território gaúcho já é considerado pela OMSA zona livre da febre aftosa sem vacinação desde maio de 2021. Nesta semana, o governo estadual comemorou a data junto de entidades do setor e avaliou o período e as perspectivas futuras.
O que dizem as entidades
Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin – “Decisão importante e estratégica para ampliar o acesso a mercados internacionais e fortalecer a competitividade do setor de proteína animal.”
Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), Rogério Kerber – “O Rio Grande do Sul vem sendo reconhecido pelos mercados. Claro que nem todos os mercados ainda estão acessíveis, pois além da certificação de área livre de febre aftosa existem outros requisitos que impedem o Rio Grande do Sul de estar presente em outros mercados mais exigentes.”
Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Silveira Pereira – “A obtenção do status de livre de aftosa sem vacinação elevou o Rio Grande do Sul a outro patamar no cenário internacional e demostra para aqueles países que possuem interesse em nossa carne bovina que entregamos não apenas uma carne de muita qualidade, mas, também extremamente segura para o consumo.”
Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), Marcos Tang – “Não há como não enaltecer os esforços conjuntos das autoridades sanitárias do governo e também dos produtores, que fizeram o seu trabalho e conseguiram uma conquista conjunta.”
