O aumento na procura pela emergência do hospital, postos de saúde e UPA pautou vários dos discursos dos vereadores na sessão desta terça-feira, 27, na câmara de Lajeado. Apesar da avaliação positiva de ações como a Operação Inverno e ampliação de horários para atendimento à população, há preocupação com a capacidade da rede de saúde em função do salto nos casos de pessoas com síndromes gripais.
Conforme Ramatis de Oliveira (PL), será necessária uma política de gratificação aos vacinadores. “Existe uma falta de vacinadores no nosso sistema de saúde. Existe uma grande responsabilidade, e eles não ganham absolutamente nenhum bônus por fazer esse serviço tão importante”, sugere. Lorival Silveira (PP) e Mano Pereira (PL) defendem uma campanha de conscientização com a comunidade sobre a importância da vacinação.
Sobre o recolhimento de lixo, as críticas foram direcionadas a falta de uma solução definitiva para as dificuldades da empresa contratada emergencialmente efetivar o serviço em todos os pontos. “Lajeado tem um faturamento anual de quase R$ 700 milhões e já estamos passando por um problema desses há quase dois meses”, reclama Eder Spohr (MDB), que também pediu o encerramento do contrato com a atual responsável.
Jones Vavá (MDB) classificou o trabalho da Coleturbe como “medíocre” e pediu explicações sobre pagamento paralelo feito pela administração para outros terceirizados reforçarem o recolhimento. O valor investido foi de R$ 250 mil. Paula Thomas (PSDB) afirmou que, em conversa com a prefeita, há uma expectativa de licitar um novo contrato relacionado ao lixo até julho.
Projetos aprovados
Ao todo oito propostas receberam sinal positivo da câmara. Sete delas autorizam contratações emergenciais de: dois professores de educação física, arquivista, historiador, fonoaudiólogo, motorista e um auxiliar de biblioteca. Os textos avançaram em conjunto com emenda que regulamenta o direito de acompanhar familiar menor de idade e idoso em consultas ou tratamento de saúde comprovados por atestado médico.
O outro projeto aprovado institui a política municipal dos direitos da pessoa idosa. O objetivo é assegurar os direitos assegurados às pessoas com mais de 60 anos, criando condições para promover sua autonomia, integração e participação efetiva na sociedade.
Mozart, parque de rodeios e pontes
Na ausência de Heitor Hoppe (PP), Mozart Lopes (PP) assume a cadeira no plenário por duas sessões. Ex-líder de governo, Lopes revelou uma conversa com a prefeita sobre a ampliação do parque de eventos, no bairro Floresta, a partir da permuta de áreas com lindeiros para aumentar a estrutura do local destinado a programações tradicionalistas e similares. “Quem sabe ter um lugar como Venâncio Aires e até Santa Cruz do Sul”, projetou.
Mozart também lamentou a limitação para aproveitamento dos R$ 10 milhões prometidos pelo governo federal para uma nova ponte entre Arroio do Meio e Lajeado. O recurso precisa ser investido ao lado da ponte de ferro. “O ideal era onde ficava a ponte do exército, daí teríamos três opções de acesso. Foram milhares de cargas de material pra fazer aquele aterro. Quem sabe com o asfaltamento daquela rua ficaria melhor ali uma terceira ponte”, justifica.
O vereador suplente também sugeriu mais locais com o chamado “passe livre a direita” que permite não parar nos semáforos em pontos específicos de Lajeado, como ocorre na Avenida Senador Alberto Pasqualini, sentido bairro-centro, próximo à Valecross.
A próxima sessão ocorre na terça-feira, 3, a partir das 17h.
