Cobertura vacinal está abaixo de 50% em sete cidades do G8

IMUNIZAÇÃO EM QUEDA

Cobertura vacinal está abaixo de 50% em sete cidades do G8

Canudos do Vale apresenta o pior índice. Apenas 23,77% da população-alvo foi vacinada

Cobertura vacinal está abaixo de 50% em sete cidades do G8
Antônio Weler, engenheiro Florestal, de 62 anos, buscou a imunização. (Foto: Maira Schneider)
Vale do Taquari

Um levantamento recente promovido com dados de oito municípios do Vale do Taquari revela um cenário preocupante no que diz respeito à cobertura vacinal da população-alvo. Dos 13.188 moradores que deveriam ter se imunizado, apenas 4.635 receberam a vacina até o momento, o que representa uma cobertura geral de apenas 36,15%. O dado evidencia que a maioria das cidades ainda está longe de atingir índices considerados satisfatórios pelas autoridades de saúde.

Apenas um município ultrapassou a marca de 50% de cobertura vacinal: Sério, com 50,61% da população-alvo imunizada. Na sequência, aparecem Progresso (49,18%) e Santa Clara do Sul (41,26%). Ainda assim, mesmo entre os municípios com desempenho superior, os números mostram que quase metade da população ainda não se vacinou.

Por outro lado, há municípios com cobertura bastante abaixo da média, o que acende um alerta. O caso mais extremo é o de Canudos do Vale, onde apenas 146 pessoas se vacinaram entre os 612 moradores que fazem parte da população-alvo, resultando em uma cobertura de apenas 23,77%. Cruzeiro do Sul, o município com a maior população do grupo analisado (3.866), tem uma cobertura de apenas 28,04%. Marques de Souza (30,11%) e Forquetinha (32,91%) também estão abaixo da média geral.

Com a chegada do inverno e a consequente elevação no número de doenças respiratórias, os baixos índices de vacinação geram preocupação entre profissionais da saúde, que temem aumento na procura por atendimento e maior risco de internações, especialmente entre crianças, idosos e pessoas com comorbidades.

As secretarias municipais intensificaram ações para reverter esse cenário, como campanhas em rádios, redes sociais e atendimento em horário estendido nos postos de saúde. No entanto, muitos enfrentam resistência da população, seja por desinformação, desconfiança ou simples negligência.

A expectativa é de que os dados sirvam de alerta para a população e estimulem a procura pela imunização, ainda disponível em todos os municípios analisados.

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