Após ser tomada pela água durante a catástrofe climática de maio do ano passado, a casa de máquinas da Hidrelétrica Salto Forqueta, localizada entre São José do Herval e Putinga, teve sua estrutura reforçada. “As paredes passaram a ter 90 centímetros de espessura. Nelas, temos a estabilidade de um navio. Pode passar água por cima que nada vai acontecer”, comenta o coordenador de Engenharia da Certel, Felipe Drebes.
Mesmo com a ampliação da estrutura para 105 metros de extensão, não há possibilidade de aumentar a produção da usina. Isso se deve ao fato de o inventário ter sido constituído em 1999 e, também, porque a potência é determinada pela queda d’água e pela divisão de carga entre as turbinas. “Cada turbina pode turbinar 22 metros cúbicos de água por segundo, essa é a capacidade permitida”, explica Drebes.
De estagiário a coordenador de Engenharia
O atual coordenador de Engenharia, Felipe Drebes, começou sua trajetória na cooperativa em 2009, como estagiário no centro de distribuição. Três anos depois, em 2012, foi transferido para a área de energia. Nesse período, concluiu a graduação em Controle e Automação, e posteriormente ingressou na área de Engenharia.
Entre os principais desafios enfrentados na carreira, Drebes destaca a dificuldade de chegar à usina após a enchente de 2024. “Foi uma semana desafiadora. Não tínhamos informações, nem acessos. O primeiro contato com a usina foi a pé, por uma trilha, em um trajeto de cinco horas, descendo encostas. O maior desafio foi, primeiro, conseguir chegar até aqui. Depois, organizar os acessos e avaliar os danos”, relembra.