Governo debate com associações proposta da Corsan/Aegea

SANEAMENTO BÁSICO EM LAJEADO

Governo debate com associações proposta da Corsan/Aegea

Reunião ocorre em 4 de junho na prefeitura com grupos comunitários que administram o fornecimento de água em diversos bairros. Comunidade tem restrições sobre aditivo ao contrato com a empresa

Governo debate com associações proposta da Corsan/Aegea
Encontro não tem caráter definitivo sobre proposta, segundo município. (Foto: Felipe Neitzke)
Lajeado

A partir dos prazos para cumprir o novo marco regulatório do saneamento e a preocupação de entidades do município em relação a uma ampliação no contrato vigente com a Corsan/Aegea, a prefeita de Lajeado, Gláucia Schumacher, busca uma aproximação das associações municipais de água, contrárias a repassar suas estruturas e o serviço para a companhia. As negociações serão debatidas em uma reunião agendada para 04 de junho, na prefeitura.

O assunto rende polêmica desde a gestão anterior, quando o então prefeito, Marcelo Caumo, cogitou a assinatura de um aditivo no contrato vigente que estendia até 2062 o acordo com a empresa. Na época, alguns vereadores, representantes de grupos comunitários e o Fórum das Entidades pediram uma análise mais criteriosa ao governo.

O tema foi herdado pela gestão atual. De acordo com o vice-prefeito, Guilherme Cé, o encontro não tem um caráter de definição sobre o futuro das associações ou a assinatura de novos pontos ao contrato com a Corsan/Aegea. “É uma aproximação, uma possibilidade de ouvir as reivindicações deles e apresentar os desafios do município a partir do que impõe a nova lei”, reforça.

A ideia inicial da prefeita Gláucia era encaminhar um posicionamento do município no primeiro semestre, porém a pauta não evoluiu.

“Bater pé até o último instante”

Com mais de 1,2 mil famílias atendidas, a Associação de Água do bairro São Bento descarta qualquer modelo de parceria ou venda de sua estrutura para a Corsan/Aegea. A vontade é manter o formato atual e incluir no serviço o tratamento de esgoto. O modelo associativo existe desde 1985 a partir da mobilização de agricultores sem acesso a água tratada.

Na avaliação do presidente, Nilson Purper, a associação tem condições de cumprir as diretrizes previstas no marco regulatório, inclusive para o tratamento de esgoto. “Vamos bater pé até o último instante. Sabemos fazer o tratamento de esgoto, temos condições. Enquanto eu estiver na frente não vou dar um patrimônio que é saúde. Quem tiver água de poços particulares, associações, lutem por elas”, incentiva.

Posicionamento parecido adota um grupo de 24 famílias vinculadas a associação do bairro Moinhos d’agua. De acordo com a presidente Rosane Sprendel, a preocupação maior é com a qualidade da água fornecida atualmente em comparação com o modelo de tratamento feito pela Corsan. “Não sabemos como vai ser. Todo mês a avaliação que é feita mostra a qualidade da água dos poços”, analisa.

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