A 7ª etapa de monitoramento da qualidade da água de rios e arroios da região aponta índices ruim e péssimo nos 23 pontos de coleta em mananciais de 12 municípios. Os resultados não são novidade. Desde 2022, quando o Grupo A Hora contratou o Laboratório Unianálises para fazer a pesquisa, os índices apontavam para as duas piores faixas em uma escala que tem ainda regular, bom e ótimo.
O Índice de Qualidade da Água (IQA) – valor numérico – variou pouco, não o suficiente para sair das duas piores faixas – 0 a 50. O rio Taquari, em Lajeado, por exemplo, tinha IQA de: 21,8, em 2022; 29,14, em 2023; 35,7, em 2024; e 32,71, em 2025. O resultado mostra que, embora haja variação numérica, permanece nas faixas péssima e ruim.
Os altos índices de coliformes termotolerantes na água indicam o despejo de esgoto doméstico não tratado.
Lista de pontos por cidade
ENCANTADO
- Arroio Jacaré
- Arroio Lambari – depois da cidade
- Arroio Lambari – Morro das Antenas
COLINAS
- Arroio da Seca
ARROIO DO MEIO
- Arroio Grande
FORQUETINHA
- Arroio Forquetinha
- Forquetinha
LAJEADO
- Arroio do Engenho
- Arroio Encantado (Parque dos Dick)
TEUTÔNIA
- Arroio Boa Vista
- Arroio Posses
POÇO DAS ANTAS
- Arroio Boa Vista
SANTA CLARA DO SUL
- Arroio Saraquá
- Santa Clara do Sul
ESTRELA
- Arroio Estrela (Cascata Santa Rita)
- Arroio Estrela (Ponte da Rua Coronel Britto)
CRUZEIRO DO SUL
- Arroio Sampaio
VENÂNCIO AIRES
- Arroio Castelhano (ponto de captação da Corsan)
Resultado das análises
Comparativo das análises dos rios Taquari e Forqueta de 2022 a 2025
O Educame pergunta e o biólogo Cristiano Steffens responde
– Quais os principais causadores da poluição?
Sem sombra de dúvida é o lançamento de efluentes líquidos, esgoto doméstico, por exemplo, sem o tratamento adequado.
– Como melhorar o IQA (Índice de Qualidade da Água)?
A única maneira é realizar o tratamento dos efluentes líquidos, tanto domésticos como industriais, e somente lançar nos corpos hídricos os efluentes que tenham sido tratados e que estejam dentro dos padrões de lançamentos estabelecidos na legislação;
– O que cada cidadão pode fazer para contribuir?
Evitar o desperdício de água, pois quanto maior o consumo de água, maior é o volume de efluentes líquidos gerados. Caso a cidade tenha o sistema de saneamento já implantado, realizar a conexão da casa ao sistema, para que todo o efluente (esgoto) gerado vá para estação de tratamento e seja efetivamente tratado. Caso a cidade não tenha o sistema de saneamento implantado, cada cidadão pode ao menos realizar o tratamento dos efluentes domésticos com sistema de fossa séptica, filtro biológico e sumidouro. Além disso, realizar periodicamente a limpeza e manutenção do sistema para garantir uma maior eficiência.