A inovação no setor alimentício vai muito além do desenvolvimento de novos produtos. Ela envolve emoção, cultura, estratégia e preparação para o futuro. Essa foi a reflexão trazida pela diretora de Inovação para Projetos de Gestão Estratégica de P&D e Desenvolvimento de Produtos, Cristina Leonhardt e pelo Senior Marketing & Inovação Manager Latam, Fernando de Jesus, durante a 6ª Jornada Técnica do Setor Alimentício.
Cristina alertou sobre a forma superficial com que muitas empresas ainda tratam o conceito de inovação. “Quando falamos de inovação, muitas vezes estamos falando apenas de desenvolvimento de produto, mas isso é raso. O papel da inovação é garantir a perpetuidade no futuro. Como eu preparo minha empresa para isso? Como posso estruturar processos internos que garantam que até aquilo que me incomoda seja contemplado no meu projeto?”, provocou.

Diretora de Inovação para Projetos de Gestão Estratégica de P&D e Desenvolvimento de Produtos, Cristina Leonhardt (foto: Daniély Schwambach)
Ela também convidou o público a refletir sobre o vínculo afetivo que os alimentos podem gerar com os consumidores. “Como crio um novo alimento projetando para que tenha uma conexão emocional?”, questionou, citando exemplos de grandes marcas que utilizam estratégias sensoriais e afetivas em suas campanhas, com slogans como “eu amo tudo isso” ou “surpreenda-se”.
Já Jesus propôs uma nova forma de pensar o futuro. Para ele, o amanhã não é linear, mas um “choque de forças” em constante movimento. “A inovação é super processual, é sobre dados e acompanhamentos. O futuro exigirá mais do que tecnologia e eficiência. Será necessário ter sensibilidade para ler os sinais culturais, emocionais e sociais do tempo em que vivemos e transformá-los em estratégia”, afirmou.

Senior Marketing & Inovação Manager Latam, Fernando de Jesus (foto: Daniély Schwambach)