Após polêmica sobre a eficiência da empresa contratada de forma emergencial para o recolhimento de lixo no município, a câmara de Lajeado formalizou nesta terça-feira, 19, a criação de uma comissão especial para analisar os critérios a serem estipulados na licitação prevista para este ano que determinará a responsável pelo recolhimento por um período maior.
O presidente será Heitor Hoppe (PP). O vereador sinalizava desde a gestão passada a necessidade de uma profunda avaliação sobre os critérios para o próximo contrato e os problemas relacionados a separação e destinação adequada dos resíduos.
A comissão é temporária e pretende convidar pessoas ligadas ao setor para reuniões, além da participação da comunidade e visitas técnicas a cidades com exemplos positivos de recolhimento, separação e destinação de diferentes materiais. “Lajeado precisa um cuidado melhor, isso tem me intrigado. Nossa cidade é uma referência a nível de estado, falamos em turismo e crescimento, mas o lixo é um assunto que não está legal especialmente nos bairros”, analisa.
Hoppe projeta uma cobrança ao governo municipal para considerar os apontamentos feitos pela comissão no contrato futuro. As reuniões devem iniciar em junho. O MDB deve confirmar Waldir Blau como seu integrante do grupo que coordena os debates. Participa ainda Paula Thomas (PSDB) como relatora.
Sobre o lixo
Desde abril, a Coleturbe passou a recolher o lixo em Lajeado dentro de um contrato emergencial válido por, ao menos, seis meses. Até lá um estudo será entregue para a prefeita sobre as condições necessárias para melhorar a proposta para uma nova licitação.
Nas últimas semanas, moradores de diversos bairros relataram problemas no serviço, com acúmulo de lixo em vários pontos. A administração chegou a designar servidores para reforçar o quadro da empresa.
A Coleturbe alegou dificuldades em encontrar mão de obra, problemas mecânicos em caminhões e desconhecimento das rotas, em especial, nos bairros mais distantes do Centro.